Publicado em 08/06/2018 às 16h00.

Humoristas vão a Brasília contra lei que censura piadas nas eleições

Dispositivo da lei eleitoral proibiu sátiras políticas a poucos meses da votação; Fábio Porchat, Marcius Melhem e Bruno Mazzeo foram ao STF para discutir tema

Luiz Felipe Fernandez
Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

 

Nesta quinta-feira (7), três grandes humoristas do Brasil se reuniram para contestar um dispositivo da lei eleitoral que impede sátiras políticas no período das eleições. Fábio Porchat, Marcius Melhem e Bruno Mazzeo foram juntos à Brasília para uma reunião com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator do processo.

O trecho da lei, suspenso em 2010 por decisão liminar provisória do próprio STF, voltará à pauta de julgamentos na próxima quarta-feira (13). Ele proíbe que emissoras de TV usem “trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo” que “degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação”.

Március Melhen reivindicou o direito à “liberdade de expressão” e defendeu: “Através do humor as pessoas se politizam também”. Em entrevista ao Uol, um dos fundadores do canal “Porta dos Fundos”, Porchat prometeu “chumbo grosso pra todo mundo”, ao ser questionado sobre a polarização nestas eleições.

Filho do mestre do humor Chico Anysio, o ator Bruno Mazzeo afirmou que o humor tem o dever de “jogar luz” sobre as eleições. “A gente sabe que a gente não tem poder algum de mudar nada, mas a gente tem um dever que é justamente, denunciar, chamar atenção, alertar, botar uma lente de aumento”, ressaltou.

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