Publicado em 01/08/2016 às 14h40.

Marchand organiza Semana Internacional do Azulejo em Salvador

O evento pretende chamar atenção para "o maior acervo do mundo lusitano fora de Portugal", em estado de abandono

James Martins
(Foto: Dimitri Ganzelevitch | Divulgação).
(Foto: Dimitri Ganzelevitch | Divulgação).

 

O marchand e colecionador marroquino radicado em Salvador, Dimitri Ganzelevitch, um entusiasta da preservação da memória na Bahia, anunciou em seu blog que, junto a um grupo formado pelo diretor do Museu de Arte Sacra, Francisco Portugal, e os professores da Escola de Belas Artes Zélia Machado e Luiz Freire, pretende realizar em setembro deste ano a II Semana Internacional do Azulejo.

O evento, cuja intenção é chamar a atenção para o acervo local de azulejos portugueses, segundo Dimitri “o maior do mundo lusitano fora de Portugal”, e que se encontra, em geral, em estado de penúria e abandono, pretende reunir conferencistas importantes vindos do México, de Portugal, da França e de vários estados brasileiros, além de nomes importantes da área (arquitetos, pesquisadores, colecionares etc.) para debater a importância dessa espécie de tesouro esquecido.

Ainda em seu blog, Dimitri critica o descaso que os poderes públicos legam ao assunto, que, segundo avalia, poderia inclusive fortalecer o turismo local. “Vale ressaltar o apoio decisivo de empresas privadas para gerar este evento, já que do Estado nem nos aproximamos, e da prefeitura de Salvador recebemos um rotundo ‘Não’, mesmo com o empenho de uma prima carnal do atual prefeito. (…) Esta inversão de valores tem um preço: a pauperização econômico/cultural dos visitantes e o fechamento de dezenas de hotéis. Nossos edis continuam ignorando uma verdade básica: a quantidade sempre dependerá da qualidade”, escreveu.

A primeira Semana Internacional do Azulejo aconteceu em 1999, no mesmo Museu de Arte Sacra da Bahia.

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