Publicado em 29/04/2019 às 11h09.

‘Não dá mais para trepar e não gozar’, diz Maria Flor

Em entrevista ao O Globo, a atriz que tem um canal no YouTube onde discute sexualidade e outros temas, falou sobre o prazer feminino e "libertação"

Redação
Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

 

Constantemente criticada nas redes sociais por seu posicionamento e por falar abertamente de sexualidade, a atriz Maria Flor, que atualmente é dona de um canal no YouTube onde discute este e outros temas com o marido, o ator Emanuel Aragão, decretou em entrevista ao O Globo que “não dá mais para trepar e não gozar”. De acordo com a diretora e produtora, ela só alcançou a “liberdade” sexual quando se sentiu à vontade para expor o assunto, inclusive na hora H.

“Ganhei não só uma consciência do meu próprio corpo, como uma liberação para dizer ‘isso não tá bom, vamos fazer assim?’. Não dá mais para trepar e não gozar”, explica ela.

Maria Flor concorda que o sexo sempre foi tratado a partir de uma visão masculina, sem que o prazer feminino fosse prioridade. “É a ereção e o orgasmo masculino, o sexo é pautado por isso. Precisamos abrir o leque”, diz a atriz, que admite que o público se assusta quando ela fala sobre “masturbação feminina” no teatro: “As pessoas ficam em silêncio, constrangidas”.

“A gente questiona a ideia de o homem precisar mais de sexo do que a mulher. Fomos criadas para agradar, para servir. É uma busca feminina se libertar, ser livre sexualmente. Talvez, nas próximas gerações, isso nem seja questão, se Deus quiser! Minha geração não foi livre. A gente foi criada para dar prazer para ao homem e reprimir o nosso prazer, a gente não pode gritar, sentar de perna aberta, dizer “ah, quero namorar esse menino” ou “vai mais pra direita”, reflete.

Sobre o canal no YouTube, Maria diz que não teme a “exposição”, mesmo em tempos de haters na internet. Ela e Emanuel costumam tocar em assuntos polêmicos, como o machismo, orgasmo feminino e casamento aberto.

“O que não é exposição hoje? A gente está exposto o tempo todo. Eu não me importo. Quando dizem que estou chata, que falo muito, é até bom porque penso sobre mim mesma. A gente fala de coisas pelas quais passamos e muita gente se identifica. As pessoas não estão conseguindo se comunicar mais, a gente perdeu a capacidade do diálogo, a noção do outro”, argumenta.

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