Publicado em 12/02/2019 às 15h30.

‘Não sou militante’, diz Preta Gil ao comentar polêmica com diretora da Vogue

A artista afirmou que chegou a fazer o alerta para Donata Meirelles após ver fotos da festa, mas não poderia abandonar a amiga

Redação
Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal
Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal

 

Três dias após a polêmica festa da diretora executiva da revista Vogue Brasil, Donata Meirelles, Preta Gil, uma das artistas criticadas por, segundo os internautas, ser conivente com o suposto racismo da socialite, resolveu se pronunciar sobre o caso.

Através das redes sociais a artista saiu em defesa da amiga, que foi duramente criticada e acusada de racismo após celebrar os 50 anos com uma festa que teve como tema o Brasil Colônia. “A festa dos 50 anos de Donata, amiga que amo tomou conta das redes, não só pela grandiosidade do evento, mas pela escolha do receptivo vestido com roupas de baianas. Não estava na festa, mas ao tomar conhecimento das imagens, sabia que seria polêmico”.

No textão compartilhado pela filha de Gil em seu perfil no Instagram, a cantora fez uma reflexão sobre o racismo no país e afirmou que nesta situação cabe a ela a militância afetiva, já que não se considera militante do movimento negro.

“Sou Preta, no nome e na pele. E cada vez mais busco me informar e saber como posso adotar uma postura antirracista e entender novos códigos que são latentes no mundo hoje. Em momentos assim, me sinto na obrigação de chamar meu amigo ou amiga e apontar o que considero errado e convidar para a construção de um novo debate sobre o tema. Como amiga, me sinto na obrigação de fazer o alerta, mas não abandonar. […] PS 1: não estou fazendo militância seletiva porque não sou militante, mas nesse caso acho que se encaixa mais em Militância AFETIVA”.


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O racismo é uma doença perversa que atinge a sociedade. E posturas, consideradas racistas e excludentes, foram naturalizadas ao longo dos séculos. Cada vez mais podemos falar sobre isso e desmitificar o preconceito que faz parte do cotidiano. A festa dos 50 anos de Donata, amiga que amo tomou conta das redes, não só pela grandiosidade do evento, mas pela escolha do receptivo vestido com roupas de baianas. Não estava na festa, mas ao tomar conhecimento das imagens, sabia que seria polêmico. Sou Preta, no nome e na pele. E cada vez mais busco me informar e saber como posso adotar uma postura antirracista e entender novos códigos que são latentes no mundo hoje. Em momentos assim, me sinto na obrigação de chamar meu amigo ou amiga e apontar o que considero errado e convidar para a construção de um novo debate sobre o tema. Como amiga, me sinto na obrigação de fazer o alerta, mas não abandonar. Fui cantar na segunda festa de Donata com amor e afeto. Eu creio que qualquer um, ao reconhecer um erro, mesmo sem intenção, dá um grande passo para a construção de um novo olhar e compreensão sobre algo que já deveria ter sido compreendido por todos, mas que ainda hoje infelizmente não é entendido. Não é mimimi, é real, incomoda, mata e machuca. E precisamos cada vez mais de aliados para dirimir os danos causados pelo racismo. Tudo isso serve de aprendizado para todos! Não estava em silêncio, estava conversando, fazendo o que faço sempre, escutando a todos e a partir disso formando minha opinião. No meio disso, li inverdades e críticas vindas de todos os lados, enquanto nos atacarmos sem diálogo não há evolução. PS 1: não estou fazendo militância seletiva porque não sou militante, mas nesse caso acho que se encaixa mais em Militância AFETIVA

Uma publicação compartilhada por Preta Gil (@pretagil) em

Nos comentários os fãs voltaram a criticar Preta e afirmaram que no discurso a artista estava passando pano para a situação. “Por isso que o racismo é. tão difícil de ser combatido. Sempre tem um passando pano”, afirmou um internauta. “Hipocrisia! Vergonhosa sua seletividade. Nojo define”, escreveu mais outro.

Ivete também saiu em defesa da socialite um dia após a polêmica estourar nas redes sociais. Na ocasião a baiana era uma das atrações do segundo dia de festa de Donata e afirmou que ela era uma pessoa boa e carinhosa. “O muito que eu te conheço, mesmo que a gente fique muito tempo sem se encontrar, é de uma pessoa boa, carinhosa, e eu te disse que viria cantar para você e eu vim cantar para você, porque é nessas coisas que eu acredito”, afirmou.

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