Publicado em 22/11/2016 às 11h24.

Padilha: ‘Ser contra a Lava Jato é fazer o jogo da direita’

O cineasta ainda afirmou, em defesa de Moro: "Ser controverso é propriedade de qualquer um que ofereça risco ao Lula"

Redação
Foto: Divulgação
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O diretor de “Tropa de Elite”, José Padilha, que prepara uma série sobre a Operação Lava Jato, para a Netflix, falou sobre o atual momento da política nacional. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Padilha respondeu, por exemplo, sobre o risco de “endeusar a figura controversa do juiz Sergio Moro”. Diz ele: “A pergunta assume tacitamente a premissa de que Moro é uma figura controversa. Não sei se ‘ser controverso’ é de fato uma propriedade de Sergio Moro. Acho que ‘ser controverso’ é, antes de mais nada, uma propriedade de qualquer pessoa que ofereça risco real ao PT e ao Lula”.

Sobre a espalhafatosa prisão do ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, o cineasta garante que não se comoveu com a cena. “Acho injusto atribuir a performance de Anthony Garotinho à Lava Jato. O sujeito nasceu para ser ator de chanchada. Morri de rir”, disse.

Ainda sobre a operação da Polícia Federal, ele enfatiza, após afirmar que nunca apoiou o Impeachment: “A máfia que a esquerda elegeu, representada pela chapa Dilma-Temer e financiada pela maquina PT/PMDB, rachou ao meio sob a Lava Jato. Um capo traiu outro. No fim, são todos bandidos. A Lava Jato é o único caminho, e é uma pena que a esquerda não admita os crimes do PT e passe a apoiar as investigações. Ser contra a Lava Jato agora é ajudar ao PMDB e ao PSDB, é fazer o jogo da direita”.

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