Publicado em 19/01/2017 às 09h31.

Paul McCartney briga com Sony por canções dos Beatles

Músico pretende recuperar os direitos autorais de clássicos que compôs com John Lennon para a banda, como "Le It Be" e "Hey Jude"

Redação
Foto: Divulgação
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Paul McCartney iniciou um processo judicial contra a gravadora Sony, nesta quarta-feira (18), para recuperar os direitos autorais de propriedade intelectual dos sucessos que compôs com os Beatles entre os anos de 1962 e 1971.

A argumentação do artista baseia-se nas mudanças da legislação americana de direitos autorais que, segundo ele, lhe permitiriam recuperar a partir de 2018 a propriedade das canções escritas por ele e John Lennon para a banda. Entre as músicas estão sucessos como “Love Me Do”, “Can’t Buy Me Love”, “Ticket to Ride”, “Yesterday”, “Hey Jude” e “Let It Be”.

De acordo com o texto da ação movida em um tribunal federal de Nova York, McCartney comunicou desde 2008 e em repetidas vezes para a Sony que detém o catálogo dos Beatles depois de várias compras e vendas ao longo das décadas. Uma revisão de 1976 da legislação americana estabeleceu que os artistas que tivessem vendido seus direitos autorais a terceiros antes de 1978 poderiam recuperá-los 56 anos depois da criação das obras.

Como as primeiras canções dos Beatles são de 1962, Paul McCartney considera que a partir de 2018 poderia executar a cláusula legal. “Quando o primeiro termo [dos direitos autorais vendidos] entrar em vigor em 2018, é necessária e apropriada uma declaração judicial para que Paul McCartney possa confiar tranquilamente em seus direitos”, diz o processo.

Esta frase da denúncia sugere que por trás do movimento do ex-beatle poderia estar o temor de que seu caso termine como o do grupo britânico Duran Duran, que em uma disputa judicial de características semelhantes contra a Sony perdeu a tentativa de recuperar os direitos de suas músicas.

Em resposta, a Sony afirmou possuir “o maior respeito” com o artista, mas afirmou estar “decepcionada” por uma decisão que considera “desnecessária e prematura”. “Trabalhamos próximos durante décadas, tanto com Paul como com os herdeiros de John Lennon, morto há 36 anos, para proteger, preservar e promover o valor dos catálogos. Estamos decepcionados que tenham apresentado esta reivindicação, que achamos que é desnecessária e prematura”, declarou a empresa.

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