Publicado em 20/07/2017 às 09h10.

Radiohead ignora boicote e faz em Israel seu show mais longo em 11 anos

Entre os que consideram a apresentação “um insulto ao povo palestino" está o músico Roger Waters, que também apelou a Caetano Veloso para não tocar no país

Redação
Foto: Divulgação
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A banda Radiohead fez show nesta quarta-feira (19) em Tel Aviv, capital de Israel, apesar dos pedidos de boicote ao país para denunciar a ocupação dos Territórios Palestinos. Apelo semelhante foi feito aos brasileiros Caetano Veloso e Gilberto Gil, que, no entanto, também tocaram lá em 2015.

Thom Yorke e os outros músicos não fizeram nenhuma alusão ao conflito entre Israel e Palestina durante as duas horas de apresentação no Park Hayarkon, para um público de 47 mil espectadores.

O vocalista só declarou, antes da última canção do show, “Karma Police”: “Se falou muito sobre isso, mas, no fim das contas, nós fizemos música”. Em um post no Twitter, na semana passada, Yorke afirmou que “tocar em um país não significa apoiar seu governo”.

“Tocamos em Israel há 20 anos com diversos governos, alguns mais liberais que outros. Como nos Estados Unidos. Não respaldamos Netanyahu mais que Donald Trump, mas continuamos tocando nos Estados Unidos”, escreveu. “A música, a arte, consistem em romper barreiras, não criá-las”, concluiu o cantor.

A banda fez, inclusive, seu show mais longo em 11 anos e tocou 27 músicas. Entre os críticos da apresentação, que viram no fato de a banda britânica tocar em Israel “um insulto ao povo palestino lutando contra a opressão em seu território”, estão Ken Loach, Thurston Moore, Young Fathers e Roger Waters.

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