Publicado em 23/10/2017 às 17h20.

‘Ser artista no Brasil é quase trabalho voluntário’, diz Xenia França

Baiana radicada em São Paulo estreará seu primeiro álbum solo nesta sexta-feira (27), no Sesc Pelourinho. Confira a entrevista

Clara Rellstab
Foto: Divulgação
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Quando morava em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, Xenia França era mor da fanfarra da escola. A função é a seguinte: orientar os músicos durante o trajeto do grupo, quase como o próprio maestro ou regente. Em outras palavras, a líder da banda. Ela tomou gosto pela coisa e, mesmo depois de seguir para São Paulo, continuou na linha de frente como a única mulher da banda Aláfia e, mais recentemente, como dona do próprio nariz em sua estreia solo com o potente disco XENIA (2017).

Mesmo que insista, em entrevista ao bahia.ba, que “uma pessoa preta de boca fechada já é política”, o trabalho da artista baiana escancara, em alto e bom tom, as feridas ainda abertas da população negra, especialmente das mulheres, que são o centro de todo o debate trazido à tona em suas canções. Das treze faixas que compõem o disco, em meio a composições de artistas como Chico César e Tiganá Santana, as três autorais “Perfeita Pra Você”, “Miragem” e “Pra Que Me Chamas?” – parceria com Lucas Cirillo – se destacam não só pela originalidade, mas pela honestidade com que falam sobre as mais diversas facetas do racismo.

“Não fecha a conta: a cota é pouca, o corte é fundo. E quem estanca a chaga, o choque do 3º mundo? De vez em quando um abre a boca sem ser oriundo, para tomar pra si o estandarte da beleza, a luta e o dom”, diz um dos trechos de “Pra Que Me Chamas”, música que abre o álbum e resume, de maneira até didática, o fenômeno da apropriação cultural – “e olha que eu nem tô falando de turbante” – e ainda traz como guia o orixá Exú, ao qual, entre outras coisas, a função de “abrir caminhos” é atribuída.

Com show de estreia em território baiano marcado para esta sexta-feira (27), no Sesc Pelourinho, Xenia, que teve o álbum selecionado pelo edital Natura Musical 2016 com apoio da Lei Rouanet, também falou sobre a dificuldade de ser artista independente no Brasil e das perspectivas da categoria: “É uma grande loucura, né? O artista independente está sempre se virando, sempre ‘dando um jeito’. Ser artista no Brasil é quase um trabalho voluntário”.

Confira a entrevista na íntegra:

Foto: Divulgação
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Bahia.ba – XENIA é um disco superpotente e político e, aqui em Salvador, o show de estreia dele vai ser no Pelourinho. Qual a sensação?

Xênia França – To bem apreensiva, mas emocionada pelo lugar histórico que é o Pelourinho… Pela representatividade, inclusive, negativa que existe nesse lugar, que era um lugar de martírio, onde as pessoas negras eram maltratadas e trabalhavam à exaustão. Eu, como uma artista negra, como uma mulher negra, podendo me expressar livremente e concretizar meu trabalho lá, tem um valor muito simbólico – não só para mim, mas também para quem vai assistir. Tenho muita consciência de toda a energia que tem naquele lugar, e por isso escolhi estrear o disco lá.

.ba – Essa sua postura política, tanto no disco quanto no palco, tem muito a ver com o fato de você ser mulher, preta e nordestina vivendo em São Paulo?

XF – Isso é muito natural, uma pessoa preta de boca fechada já é política. Uma vez que você decide estar em lugares que, socialmente, a cultura da exclusão faz com que você pense que você não pode estar ali, você se torna um ser político automaticamente. Quando você começa a questionar o seu lugar de fala, o seu posicionamento profissional e existencial até. Quando você é uma mulher negra você tem que lutar para existir, dada a invisibilidade que é ainda forçada a nós. Quando você decide se colocar nesse lugar – porque não é ninguém que te coloca – naturalmente você acaba se tornando um corpo político.

Nina Simone dizia que ela ficava preocupada em ser artista e não refletir o seu próprio tempo. Eu não sou nenhuma inventora da pólvora ou da roda, mas tô seguindo os passos de muitas pessoas que eu admiro que deixaram legado artístico e político. Eu tenho a sorte de conviver e ser contemporânea de muitos artistas negros que não só querem, mas estão trabalhando para – além da satisfação pessoal como artista – imprimir o que acontece e aconteceu no país. Então eu acho que é supernatural que isso apareça e seja refletido no meu trabalho.

.ba – Rincon Sapiência, As Bahias e a Cozinha Mineira, Mahmundi, Baco Exú do Blues e você: a maior parte dos trabalhos mais aclamados do ano é capitaneada por artistas negros. Como isso interfere na autoestima do negro?

XF – Eu acho que a Bahia tem uma característica muito forte nesse sentido. Desde os anos 1990, principalmente, quando surgiu o samba reggae, pessoas negras – principalmente homens – capitaneiam a música e levam esse conceito de empoderamento, identidade e autoafirmação. A Bahia sempre foi percursora nesse sentido, no Brasil. Agora, há uma continuidade depois de um longo período de vácuo. Eu acho que não estava acontecendo muita coisa na música brasileira, mas principalmente os artistas negros estavam meio à parte desse cenário, desse mainstream. Eu acredito que isso seja um reflexo de toda a movimentação que a juventude negra passou a promover, afinal todo artista reflete seu público. Acredito que, acima de tudo, a gente tem muitas artistas negras mulheres que antes, se existentes, eram quase invisíveis. Hoje em dia a gente tem muitas artistas atuantes e expressivíssimas, com uma qualidade absurda não só de som, mas de discurso também. Liniker, Mahmundi, Karol Konká, Luedji… Cada uma dentro de sua diversificação sonora, diferentes, claro, porque nós somos muitas.

É muito importante falar sobre isso porque dizem que negro na arte quanto no esporte é lugar comum. E, provavelmente, isso se dá por causa do racismo que sempre bloqueou os negros nos outros lugares da sociedade. Esporte e música foram os lugares no qual a gente conseguiu se destacar. E, até um certo momento, até nesses dois lugares sempre foi a figura do homem negro que prevaleceu. Hoje em dia, a gente pode ter oportunidade de aparecer também, principalmente por causa da nossa relação com o púbico, por causa da internet que dá mais visibilidade ao trabalho da mulher negra. Então eu queria deixar bem ressaltado que hoje isso está muito mais equilibrado e a gente acaba promovendo uma troca muito mais potente.

 

.ba – Em “Pra Que Me Chamas” você fala sobre apropriação cultural. Por que você acha que tocar nesse assunto incomoda tanto?

XF – Porque é mais uma face do racismo, né? O Brasil ele foi constituído na cultura do extrativismo. Os caras chegam aqui, já tem gente morando, daí eles matam todas essas pessoas. Depois trazem outras pessoas de outros países, à força, para serem escravizadas. Quando esse furdunço acaba, você convida outras a trabalharem em condições extremas de trabalho, por pouco dinheiro – como foi o caso de alguns europeus e os japoneses – para substituir o trabalho escravo.

Uma coisa que eu acho muito interessante, no meu ponto de vista, é que, à medida em que você, sendo uma pessoa negra, vai ascendendo em seu trabalho, você começa a perceber que você vai passando por camadas do racismo e que ele vai ficando cada vez mais sofisticado, mais silencioso. O Brasil foi consolidado em cima da história de outras pessoas, principalmente sob aqueles que até hoje não são valorizadas, não tem a sua existência considerada. Então, a apropriação cultural é um processo de substituição de características de identidade. Você tira daquele indivíduo algo que ele produz e dá outra cara, outra roupagem. É um assunto que incomoda porque as pessoas ainda fazem muito isso – e eu nem tô falando de turbante. Você tira a fala, tira a humanidade, tira todos os atributos positivos daquele corpo, atribui coisas negativas e pega o que você acha positivo para você. Como a gente discute muito essa questão do privilégio, ainda tem muita gente privilegiada vivendo e convivendo com esse assunto, e isso incomoda porque essas pessoas não estão dispostas a olhar para isso e perceber que estão fazendo algo errado.

.ba – Eu tenho visto muita gente no Instagram, digitais influencer até, falando em axé, dendê, citando orixás, escrevendo legenda em yorubá…. Você também percebe que, além da visão pejorativa, também há a visão do baiano como alegoria?

XF – Na verdade, a cultura negra é vista como alegoria. Eu passo por isso diariamente: boto o pé para fora de casa, seja para ir para o supermercado ou a qualquer outro espaço, e sempre tem alguém me lembrando que eu não pertenço àquele lugar. Em todos os lugares que eu passo, as pessoas brancas trazem essa coisa de fazer você se lembrar que você é negra – o tempo inteiro.

Na música, a gente se refere ao baiano e fala, especificamente, da questão do Carnaval, porque na TV, como meio de comunicação mais influente, você vê muito mais pessoas negras no carnaval do que em qualquer outra época. Em relação à mulher negra, especificamente, há uma sexualização inegável. Agora a vinheta da Globo não tem mais a Globeleza. Mas, até o ano passado, você tinha, anualmente, a figura de uma mulher negra e nua na televisão – e esse era o único papel que lhe era atribuído, você não via ela em outros papéis de prestígio ou de poder. Eu acredito que tem muito isso do preto alegórico, do preto para divertir, do preto para entreter.

O trabalho que eu e outras artistas negras estamos fazendo é entretenimento, mas a gente quer fazer com que as pessoas também pensem. A gente tenta tirar um pouco desse peso, desse estigma de que o preto da arte é lugar comum e acaba virando uma curva para falar de nossas subjetividades que são muitas. A música acima de tudo é um meio de comunicação, então talvez a gente consiga criar um impacto e mudar um pouco essas imagens estereotipadas que existem na mente dos brasileiros, inclusive de alguns brasileiros negros

.ba – “Ajaiô, palavra véia longe da onomatopeia de tapar o sol com a paneira, escantear o índice na prateleira”, um dos trechos dessa música me fez pensar imediatamente em Carlinhos Brown no The Voice Brasil…

XF – Uma pessoa negra pode falar das coisas que estão diretamente ligadas à cultura dela. Só que, uma vez que Carlinhos Brown é uma pessoa famosa e apresentador de um programa de massa extremamente assistido, e você fala uma coisa sem consciência, sem contexto, sem educar, todo mundo se sente no direito de falar também. Se uma pessoa negra, por exemplo, chegar em uma roda com ‘N’ tipos de pessoas e me chamar de macaca, ele tá permitindo que todas as pessoas que estejam naquela roda se sintam no direito de me chamar disso e de chamar qualquer pessoa negra disso.

Carlinhos Brown é um artista fantástico, para mim ele é um gênio, é uma figura emblemática – inclusive só ele sabe o que teve de passar para chegar no lugar onde ele está, sendo negro. Mas uma coisa muito importante é a responsabilidade de dizer algo, sendo você uma pessoa negra com espaço para falar. É importante ter consciência da responsabilidade do que se fala. Porque se você só joga uma parada aquilo pode ter mil interpretações, ainda mais quando se pensa em um país que ainda não realizou nenhum trabalho de conscientização pós-escravidão. Tem a lei que obriga o ensino da cultura negra e indígena na escola, mas é uma coisa totalmente frívola, sem consistência.

Uma vez que você é artista, em uma posição onde as pessoas querem ouvir o que você tem a dizer, eu acho importante que você tenha a responsabilidade no que vai falar. Acaba virando só um chavão sem significado – embora a palavra por si própria tenha a sua força, pouca gente tem a consciência de ir lá procurar o que aquela palavra significa.

Foto: Divulgação/Facebook
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.ba – Ainda sobre “Por Que Me Chamas”, eu posso estar enganada, mas o refrão faz referência a Exú, o orixá. Como é sua relação com as religiões de matriz africana?

XF – A minha relação é de extrema admiração, mas eu não tenho a minha cabeça feita – embora seja filha de Yemanjá e Xangô, aos quais eu tenho muito respeito. Tenho as imagens na minha casa, quando vou a Salvador vou ao terreiro, tenho uma relação de respeito e manutenção da minha cultura. Tenho consciência da responsabilidade que é continuar falando sobre isso. Uma estudiosa amiga minha, uma figura maravilhosa aí da Bahia, que mora aqui em São Paulo, costuma dizer: “Quantas peças, quantos filmes, quantas músicas a gente ainda vai precisar fazer, falar ou montar para continuar dizendo e afirmando a nossa cultura no Brasil?”– inclusive uma cultura que tem sido tão demonizada pelas outras religiões. A intolerância é uma realidade e está cada vez maior, eu como artista negra não posso deixar de falar de Orixá em meu disco e, principalmente, citar Exú que é um orixá tão contraditório, tão potente.

.ba – E muitas vezes interpretado de uma maneira pejorativa…

XF – Muitas pessoas se referem a Exú como demônio, então a minha intenção de colocá-lo nessa música não é aleatória. Exú é uma figura com uma mentalidade muito questionadora e provocativa. Essa música é provocativa e é Exú quem questiona “por que tu me chama se não me conhece?”, não sou eu quem tá questionando isso na música. Eu fui para Cuba há quatro anos e a presença dele lá é muito forte – eu achei o país muito parecido com Salvador, parecia que estava em casa, não só pelas pessoas, mas pela energia muito forte. Lá, fui em uma festa chamada Rumba e eu fiquei muito impactada porque ela aconteceu em uma rua onde existiam várias imagens de Exú, entre elas uma enorme com a frase ‘Porque tu me llamas si tu no me conoces’. Então quando a gente começou a fazer essa música, esse refrão veio de cara, e a tradução dele é literal. Achei super importante colocar isso para abrir o meu disco, porque é uma música que já vem com o pé na porta.

.ba – Em “Miragem” e “Perfeita Pra Você”, você fala sobre a solidão da mulher negra. Você pode explicar um pouquinho esse fenômeno que é tão forte e real, mas que é tão deixado debaixo do tapete?

XF – Em ‘Miragem’ eu falo um pouco sobre essa coisa você estar num deserto e pensar que você viu uma coisa a qual deseja muito – pode ser água, uma barra de chocolate, o grande amor de sua vida, qualquer coisa. Na subjetividade, principalmente da mulher negra, o amor é quase isso, uma miragem. O racismo nos negou muito o amor, então em ‘Miragem’ a gente fala sobre o que se tem e o que se quer. A gente acaba não vivendo isso e acaba se perdendo nessa necessidade do amor verdadeiro, que para as mulheres negras acaba sendo uma miragem.

Em ‘Perfeita Pra Você’ eu quis abordar a situação em que a mulher negra acaba vivendo uma coisa meio psicológica, um relacionamento que acaba sendo muito abusivo. Onde ela tem um relacionamento com alguém, mas ela nunca é assumida como namorada ou esposa, porque não é mulher que serve para casar. Acaba sendo uma música quase descritiva do que ela vê, do que ela sabe daquele relacionamento e do que é coisa da cabeça dela. Fica nesse âmbito bem subjetivo mesmo sobre você dar tudo que você tem e ainda assim não se tornar visível.

Foto: Divulgação/Facebook
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.ba – Seu disco foi lançado pela Natura Musical com apoio da Lei Rouanet. Qual a expectativa, para você, como artista independente, com o sucateamento da cultura que tem acontecido de um ano para cá?

XF – É uma grande loucura, né? Eu acho que o artista independente está sempre se virando, sempre ‘dando um jeito’ desde que existe arte no mundo. Ser artista no Brasil é quase um trabalho voluntário. Você promove e sustenta a cultura do seu país praticamente com o seu próprio dinheiro porque mesmo que você receba uma Lei de Incentivo, não deixa de ser dinheiro público, dinheiro da população, dinheiro nosso. Desde que eu me entendo por gente, nunca vi a arte ser tratada com algo de prioridade. Inclusive os governos sempre botaram na cabeça das pessoas que artista é vagabundo. Naturalmente eu acho que não é nenhuma novidade que esse governo não queria tratar, mais uma vez, a cultura como prioridade. E a gente vai jogando e encurralando cada vez mais os artistas para um canto onde a gente vai ter que continuar tendo que se virar como sempre fez.

Mas eu acho que, de alguma forma, a classe artística precisava se organizar mais e pressionar mais esses governos, porque a gente aceita tudo: se eles dão, a gente aceita; se eles tiram, a gente aceita. Nós somos muitos, e com algum tipo de organização a gente conseguiria pressionar mais, para não ter só a Lei Rouanet, mas outros tipos de lei que garantissem mais direito para os artistas no Brasil, afinal de contas a gente dá um duro danado para manter a estrutura cultural do país e merecia ser mais valorizado.

O artista no Brasil não tem seguro social, não tem nada, nenhum direito garantido. Eu amo o que eu faço, tenho uma relação extremamente metafísica com a arte, a gente materializa algo que é muito mais sublime, algo acima de nossa dimensão. Então é nossa obrigação, como ser espiritual, trabalhar com a arte. É a nossa única fuga do mundo material, então a gente precisava se organizar mais, pressionar o governo de uma forma mais incisiva, porque a cada dia um direito cai.

.ba – Como se deu a escolha das músicas de dois nordestinos, Chico César e Tiganá Santana, para compor o disco?

XF – Essas músicas estavam guardadinhas na minha gaveta dos sonhos, desde quando gravar um disco era só um sonho mesmo. ‘Respeitem’ é uma música que eu conheço desde criança e que quando eu ouvi pela primeira vez já entendi tudo que ela queria dizer. Todas as outras coisas que a gente eu ouvia quando criança, as músicas do Olodum e Ilê Ayiê que tocavam no rádio só amarram ainda o entendimento de que esse tipo de música na cabeça de uma criança é funciona a longo prazo, é um projeto que os artistas que vieram antes da gente plantaram e que, se eu tô aqui hoje, é por causa deles. Então eu agradeço muito esses artistas como Chico César e Gilberto Gil, que passaram pelo que passaram para deixar um legado para a gente e influenciar os artistas que viriam depois.

Eu tinha que colocar essa música no meu trabalho porque o cabelo, como símbolo de empoderamento, é a primeira coisa que uma pessoa não negra acha que tem o direito de opinar e fazer com que você se sinta mal por estar usando o seu cabelo da maneira que ele realmente é – e também para lembrar que você não pertence àquele lugar. Foi uma das últimas músicas do repertório porque eu tinha medo de tocá-la, assim como a de Tiganá. São duas músicas extremamente fortes e poderosas. E eu tive medo não só pelo impacto, mas dos compositores não gostarem da versão (risos). A música de Tiganá é quase uma oração e fala diretamente sobre essa questão da solidão da mulher negra, sobre abandono, violência física e psicológica, e todos os drama que muitas mulheres negras ainda vivem.

.ba – Depois de já ter subido ao palco com Elza Soares e Maria Bethânia, qual sua próxima parceria dos sonhos?

XF – Nossa… Tem algumas aí, que se rolassem, eu ia desmaiar. Eu sempre fui muito fã de Djavan conheço todas músicas, todos os discos, é o meu xodó musical. A figura, a voz, tudo. Se um dia rolasse, eu nem ia conseguir cantar, ia ficar sentada no chão só olhando para ele. Carlinhos Brown também é uma figura que eu tenho muito apreço. Pela genialidade e pelo compositor de talento absurdo que ele é. E tem outras internacionais – eu sou uma pessoa muito metida, viu, Clara? (risos). Eu amo a Erykah Badu, a Esperanza Spalding… Só de abraçar elas seria incrível!

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