Publicado em 28/04/2017 às 11h21.

‘Velório do meu pai foram 10 caixas de cerveja’, diz Zeca Pagodinho

O sambista falou, em entrevista a Leda Nagle, que já não frequenta as madrugadas por causa da violência e relembra grandes momentos

Redação
Foto: Ego
Foto: Ego

 

Leda Nagle, demitida da TVE após 20 anos à frente do “Sem Censura”, migrou para o YouTube. No programa “Canal Leda Nagle” ela entrevistou Zeca Pagodinho. Ao perguntar sobre a peculiaridade de o sambista ser mais diurno que noturno, contrariando a tradição boêmia da classe, a entrevistadora ouviu de Zeca que isso é no começo, “do meu tempo, ninguém mais é [da noite]”.

Ele argumentou que a violência é o que mais afasta os bambas das madrugadas. “Para trabalhar, tudo bem, mas você não encontra mais ninguém de madrugada. Quem é que vai a um botequim no subúrbio? A um pagode? Só se for na casa de uma família…”, disse ele, referindo-se também ao fim da tradição dos grandes e animados velórios, que em língua de sambista carioca é (ou era) “gurufim”.

Zeca lembra que, no entanto, o velório de seu pai, falecido em 2015, foi superanimado, como manda o figurino. “Os velórios… não tem mais velório… que era a melhor coisa que tinha! Velório em Irajá era a melhor coisa. Até hoje, quando é da minha família, é o melhor que tem. A gente bebe tudo, na capela, ali na Santa Isabel”, disse ele.

E completou: “O velório do meu pai foi um dos melhores que teve. Deve ter uns dois, três anos. Foram 10 caixas de cerveja! Salgadinho, jogo de ronda, tudo! Depois vamos subindo pra casa da minha tia, que é a tradição, quando acaba o enterro – primeiro confere a sepultura, pra jogar no bicho –, aí vai subindo e lá bebemos tudo o que tem. No outro dia você não acha uma água mineral pra tomar”. “É mesmo?!”, espanta-se, aos risos, a entrevistadora. Confira:

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