Publicado em 13/10/2018 às 19h30.

Wagner Moura e grupo de artistas defendem ‘voto na civilidade’

Eles afirmam ser contra "a tortura, a discriminação racial, sexual e o armamentismo da população"

Juliana Almirante

Um grupo de dezenas de artistas, que inclui o ator baiano Wagner Moura, divulgou neste sábado (13) uma carta em que defendem o “voto na civilidade”.

O documento não declara apoio a nenhum dos dois candidatos que concorrem no segundo turno para as eleições presidenciais, Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), no entanto, foi publicado pelo site do PT na tarde deste sábado (12) e critica pontos da campanha do candidato do PSL, como a liberação do porte de armas.

Além de Wagner, assinam cartas nomes como Camila Pitanga e Leticia Sabatella. Eles afirmam ser “contra a corrupção, mas também contra a hipocrisia” e se colocam contra “a tortura, a discriminação racial, sexual e o armamentismo da população”.

Os artistas ainda repudiam “agressões de todo o tipo”, citando a morte do compositor e mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, morto a facadas em Salvador após uma discussão com um eleitor de Bolsonaro.

“Vamos votar na civilidade, no respeito pelas pessoas, pelo que é diferente. Também votaremos na educação, na saúde, no salário mínimo digno, no décimo terceiro salário, nas férias remuneradas, na convivência pacífica entre os brasileiros. Também somos contra a corrupção, mas de todas as formas, inclusive de todos os partidos e pessoas envolvidas, mas também contra a corrupção dos bilhões de reais nos paraísos fiscais do mundo, na sonegação de impostos, na subtração dos direitos trabalhistas e previdenciários”, diz a carta.