Publicado em 24/01/2018 às 18h40.

Zeca Camargo é condenado a indenizar família de Cristiano Araújo por crônica

O texto, onde o jornalista questiona a popularidade do gênero sertanejo, foi considerada preconceituosa pelos fãs do cantor

Redação
Foto: Reprodução/ Facebook
Foto: Reprodução/ Facebook

 

Zeca Camargo foi condenado pela Justiça a pagar R$ 60 mil em indenização por danos morais à família de Cristiano Araújo devido à uma crônica narrada pelo apresentador no “Jornal das Dez” logo após a morte do cantor, em 2015. Cristiano e sua namorada, Allana Moraes, morreram em um acidente de carro em junho daquele ano.

A crônica, onde jornalista questiona a popularidade do gênero sertanejo, foi considerada preconceituosa pelos fãs do cantor.

A ação, que foi proposta pelo pai do cantor e pela C.A. Produções Artísticas, empresa responsável pela carreira do cantor, ainda em 2015, foi condenada pela juíza Rozana Fernandes Camapum, da 17ª Vara Cível de Goiânia (GO) nesta terça-feira (22).

Segundo as partes, o texto “foi escrito e interpretado de forma preconceituosa e com finco a denegrir a imagem não apenas do cantor falecido, mas também da música sertaneja brasileira”. À decisão ainda cabe recurso.

A juíza baseia sua decisão no fato de que o jornalista “está autorizado a fazer crônicas e falar com emoção, mas não deve descambar para a agressão gratuita, desprestígio e humilhação a pessoa humana na narrativa”, alegando que ele “não respeito o momento do luto do pai, família, empresário e fãs do falecido”.

“Muita gente estranhou a comoção nacional diante da morte trágica e repentina do cantor Cristiano Araújo. A surpresa maior, porém, é o fato de ele ser ao mesmo tempo tão famoso e tão desconhecido. O que realmente surpreende nesse evento triste da semana foi a comoção nacional. De uma hora para outra, (…) fãs e pessoas que não faziam ideia de quem era Cristiano Araújo, partiram para um abraço coletivo, como se todos nós estivéssemos desejando alguma catarse assim, algo maior que nos uníssemos pela emoção”, disse Zeca na época.

“Mas Cristiano Araújo? Sim. Lady Di, Senna, todos esses eram ídolos de grande alcance. Como então fomos capazes de nos seduzir emocionalmente por uma figura relativamente desconhecida? Ao nos mostrarmos abalados com a ausência de Cristiano, acreditamos estar de fato comovidos com a perda de um grande ídolo. Todos sabemos que não é bem assim”, continuou ele.

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