Publicado em 26/07/2017 às 15h04.

Argel detona diretoria do Vitória: ‘Muito cacique para pouco índio’

Treinador, agora no Goiás, soltou os leões contra membros do corpo administrativo rubro-negro: "Tinha gente que torcia para perder para me ver sair"

Redação
Divulgação:Goiás EC
Divulgação:Goiás EC

 

Demitido antes das finais do Campeonato Baiano, o técnico Argel Fucks, hoje no Goiás, deu uma entrevista para a rádio Transamérica, na noite de terça-feira (25), em que fez críticas pesadas direcionadas à diretoria do Vitória e aos membros do corpo administrativo do clube.

Segundo o treinador, muita gente dentro do Barradão torcia por resultados adversos para que ele fosse demitido e a mudança de gestão de 2016 para 2017 foi bastante confusa.

“Em 2016, deixado pelo doutor Raimundo Viana, pelo seu Manoel Matos, pelo seu Anderson Barros, pelo treinador que estava na oportunidade, que era eu, nós deixamos redondinho. O Vitória foi campeão baiano e cumpriu sua obrigação de ficar na primeira divisão do Campeonato Brasileiro com uma rodada de antecedência. E aí começou um ano diferente, onde tinha muita gente para mandar e pouca gente para obedecer. Era muito cacique para pouco índio. E aí começou essa briga de vaidade. E essa briga de vaidade não chegava no grupo de jogadores porque eu protegia, eu blindava os jogadores dentro do vestiário, não deixava encostar ninguém”, afirmou.

Segundo o treinador, com a passagem do bastão de Raimundo Viana para Ivã de Almeida, uma briga interna por poder tomou conta do rubro-negro e foi o prenúncio da grande crise administrativa pela qual a equipe passa no momento.

“O que faltou foi a política do Vitória pensar também no torcedor e ser um pouquinho mais profissional e deixar a vaidade de lado, de todos. A grande diferença do Vitória do ano passado para este ano é que, ano passado, a gente sabia que tinha um presidente, Raimundo Viana; um vice-presidente, Manoel Matos; um diretor de futebol competente, Anderson Barros. Começou o ano, era 50 gente (sic) querendo mandar no Vitória. Só que mandou depois que eu saí. Enquanto eu (não) saí, o grupo fechado comigo, era eu que protegia os jogadores, era a gente que trabalhava no dia-a-dia, era comigo”, apontou.

Desafetos – Conhecido pelo modo turrão, Argel nomeou ainda funcionários do clube que, segundo ele, torciam contra o Vitória para vê-lo demitido.

“Tinha muitas pessoas dentro do Vitória esperando a gente perder. Tinha muito fogo amigo. O marketing é fogo amigo, seu Augusto (Vasconcelos) lá do jurídico, a dona Érica (Saraiva, coordenadora de comunicação), o seu Léo Amoedo (diretor de planejamento), o seu Armando Libório (diretor de marketing), todos contra. Torcendo para a gente perder para tirar o Argel. O problema é o Argel. Taí, saiu Argel, 18 jogos e ganhou três. O Argel estava, 30 jogos e perdeu três, perdeu uma só no Barradão. O tempo se encarrega de dizer quem está certo, quem está errado”, acusou.

“O grupo de jogadores não era para estar nessa situação. O problema político do clube é que está atrapalhando os jogadores. Agora já deu uma aliviada aí na pressão, na parte política. Ainda tem gente para sair e essas pessoas que não saíram ainda deveriam ter vergonha na cara e pedir o boné e ir embora, porque elas só atrapalharam o Vitória”, finalizou.

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