Publicado em 20/02/2019 às 17h10.

Audiência busca entendimento para retorno da torcida mista no Ba-Vi

Grupos de defesa definem a torcida única como uma supressão do direito de ir e vir, enquanto a Justiça baiana defende que ela é necessária para conter violência nos estádios

Redação
Foto: Reginaldo Ipê/CMS
Foto: Reginaldo Ipê/CMS

 

Mais uma audiência pública foi realizada nesta quarta-feira (20) para debater sobre a torcida única do Ba-Vi, determinada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) desde 2017. Desta vez, por iniciativa da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos do Torcedor.

O encontro ocorreu no Centro de Cultura, onde o vereador Henrique Carballal (PV) propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre todos os envolvidos para o retorno da torcida mista. Também sugeriu a realização de outro debate, em busca de uma solução mais concreta.

No entendimento de Carballal, a recomendação do MP fere direitos do torcedor. “O torcedor infrator tem que ser punido e a violência não pode servir de motivo para a supressão de direitos. É louvável a preocupação do Ministério Público quando busca minimizar os efeitos da violência, mas nós não podemos admitir que isso se dê com a supressão de direitos das pessoas. O estado democrático de direito vive ameaçado”, disse.

Na análise do promotor de Justiça Olímpio Campinho, a determinação temporária do MP, com torcida única, foi tomada para conter a violência nos estádios e está mantida para os próximos Ba-Vis.

Na audiência, ele lembrou ainda que outros clássicos já adotam a medida, como River x Boca, na Argentina, e mostrou que no dia de Ba-Vi, com torcida mista, o policiamento na cidade fica comprometido por conta do controle das torcidas organizadas dentro e no entorno do estádio.

Sobre a possibilidade de ocorrer um TAC, disse que “é possível”.

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