Publicado em 26/07/2017 às 15h48.

Mancini confia em reverter crise: ‘Tenho história com o Vitória’

Treinador foi apresentado na tarde desta quarta-feira (26) e fará a sua 4ª passagem pelo rubro-negro

Fernando Valverde
Foto: EC Vitoria
Foto: EC Vitoria

 

Velho conhecido da torcida rubro-negra, Vágner Mancini foi apresentado na tarde desta quarta-feira (26), naquela que será a sua quarta passagem no clube. A última delas foi em 2015, quando conseguiu o acesso para a Série A de 2016 e foi demitido na 24ª rodada após derrota para o Flamengo.

De volta em um momento de crise,  com a equipe na zona de rebaixamento da Série A, com 12 pontos em 16 rodadas, o técnico mostrou otimismo com o desafio de tirar o time da atual situação com muito trabalho e fez um paralelo com o momento da sua saída em 2016, quando o Leão também ocupava o Z-4.

“Sei que temos potencial como um clube. Lógico que naquele momento vínhamos de 16 meses de trabalho, tínhamos conseguido o acesso da Série B para a Série A, tínhamos ganhado o Campeonato Baiano e havia um planejamento sendo feito. Hoje não. O Vitória está na zona de rebaixamento, está indo para o seu quarto técnico no ano, então é diferente. O denominador comum é que, quanto menos trocas, menos instabilidade. Então espero que essa seja a última troca do ano”, afirmou.

Questionado sobre os motivos para aceitar o convite do presidente interino, Agenor Gordilho, em um momento tão difícil, Mancini voltou a evocar o passado no rubro-negro como um ponto-chave na sua carreira de treinador e explanou o que espera da postura do Vitória na sequência do campeonato.

“Tenho uma história com o Vitória, sou o técnico que mais treinou o clube no Brasileiro na história, então não posso simplesmente atender a uma ligação do Vitória e não me motivar. O Vitória e todos aqueles que fazem o Vitória hoje têm que entender que tem alguma coisa errada, porque o Vitória não é clube para estar em 19º lugar. Um time que vencia todos os jogos no Barradão e ultimamente não tem conseguido isso. Vou pedir e exigir dos atletas o perfil do Vitória. Um time muito forte, que ganha os jogos dentro de casa e que o torcedor tenha vontade de vir ao estádio nos incentivar. Então cabe a mim, que estou chegando agora, mudar esse panorama, vencer partidas e entender o que está acontecendo com o Vitória”, avaliou.

Outros pontos:

Alterações administrativas

“Houve um encerramento de um ciclo e foi passado que algumas alterações seriam feitas em níveis estrutural e pessoal. É um novo formato, são novas pessoas que estão pensando de uma mesma forma e, dentro da estrutura que o Vitória oferece, faz com que eu e todos que participam desse processo sejam cobrados. Precisamos botar em campo uma superação que é necessária e cabe ao Mancini e à sua equipe que a gente consiga fazer com que esse time volte a vencer”.

Aproveitamento da base 

“Em 2008, que foi a minha passagem inicial aqui, acabamos botando vários atletas da base para jogar. Anderson Martins, Willian Santana, Marquinhos. Depois eu lancei o Victor Ramos e o Elkeson e lembro do estádio inteiro vaiando o Elkeson e hoje ele é o jogador que é. Então, se tiver atletas na base que possam ser aproveitados, vão ser. Tudo que eu quero é atletas que sejam identificados com o clube e entendam o que é vestir a camisa do Vitória”.

Metas para o campeonato

“Temos que estabelecer isso com quem entra em campo, que são os atletas. Ainda não tive contato com eles mas é importante quando você fala em pontuação, você objetivar metas, sentar com os atletas e que eles entendam o quanto eles são capazes de tirar o clube dessa situação. Temos que sair rapidamente e a meta inicial é chegar a 45 pontos. Agora, como vamos chegar até lá? Depende. Mas temos algumas partidas até a virada do turno, e no 2º turno precisamos da postura de um time que estaria disputando G4”.

Mudança de metodologia

“Eu, em uma leve conversa com o Flávio Tanajura, já pedi a ele para que fizesse um breve esforço para me explanar o que foi o Vitória até aqui. É lógico que quando chega o quinto treinador, você tem metodologias misturadas e isso não faz bem ao atleta em um curto espaço de tempo. O que eu observei é que o Vitória tem uma marcação um pouco mais adiantada e o que eu posso fazer até o jogo contra o Cruzeiro é muito pouco. É pedir aos jogadores que deem seu melhor. A minha metodologia de trabalho é de extrema intensidade nos treinamentos. E a parte tática a gente vai ajeitando aos poucos”.

Mancini fará sua reestreia no comando do rubro-negro já no próximo domingo (30) às 19h, contra o Cruzeiro, no Mineirão, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A.

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