Publicado em 04/11/2018 às 13h30.

Novembro Negro: Bahia lembrará Moa do Katendê e outros

Milton Santos, Dandara, Maria Felipa estão entre demais homenageados

Redação
Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

 

Na partida deste domingo (4) com a Chapecoense, o Esporte Clube Bahia lembrará o Novembro Negro com homenagem ao mestre de capoeira e compositor Moa do Katendê e outras figuras a exemplo do símbolo da resistência contra a escravidão, Zumbi dos Palmares.

Quase 20 mil ingressos já garantidos pro jogo desta noite, às 18h.

Confira a lista dos 30 homenageados:

ZUMBI (1655-1695)
Conhecido como Zumbi dos Palmares, foi um dos pioneiros da resistência contra a escravidão e o último dos líderes do Quilombo dos Palmares, o maior dos quilombos do período colonial.

MILTON SANTOS (1926-2001)
Primeiro e único latino-americano a ganhar o prêmio Nobel da geografia mundial. Baiano, destacou-se pelos estudos sobre globalização e urbanização no Terceiro Mundo.

DANDARA (?-1694)
Guereira negra do período colonial do Brasil. Após ser presa, suicidou-se para não retornar à condição de escrava. Foi esposa de Zumbi, com quem teve três filhos.

MOA (1954-2018)
Considerado um dos maiores mestres de capoeira de Angola da Bahia, Moa do Katendê também foi fundador do bloco afoxé Badauê.

LUIZA BAIRROS (1953-2016)
Gaúcha radicada na Bahia, onde construiu seu histórico de militância negra. Doutora em Sociologia pela Universidade de Michigan, foi ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

GANGA ZUMBA (1630-1678)
Primeiro líder do Quilombo dos Palmares e antecessor de seu sobrinho, Zumbi.

MARIA FELIPA (?-1873)
Marisqueira, pescadora e trabalhadora braçal, liderou um grupo de 200 pessoas, entre mulheres e índios, contra os portugueses que atacavam a Ilha de Itaparica, em 1822. É considerada uma das heroínas da luta da Independência da Bahia.

MÃE MENININHA (1894-1986)
Mais famosa ialorixá da Bahia e uma das mais admiradas mães-de-santo do Brasil. Foi responsável por abrir as portas do Terreiro do Gantois, em Salvador, aos brancos e católicos.

LUIS GAMA (1830-1882)
Baiano, é considerado o Patrono da Abolição da Escravidão do Brasil. Conquistou judicialmente a própria liberdade e passou a atuar na advocacia em prol dos negros.

BATATINHA (1924-1997)
Um dos maiores nomes do samba da Bahia, foi homenageado por artistas como Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Chico Buarque, Caetano Veloso e Maria Bethânia.

EDERALDO GENTIL (1947-2012)
Cantor e compositor da geração mais talentosa do samba baiano, ao lado de Batatinha. Foi gravado por nomes como Clara Nunes.

NEGUINHO DO SAMBA (1954-2009)
Músico baiano, criador do estilo samba-reggae e fundador do grupo Olodum e da banda Didá, ambos com sede no Pelourinho

MESTRE BIMBA (1900-1974)
Criador da Luta Regional Baiana, mais tarde chamada de capoeira regional. Foi o responsável por tirar a capoeira da marginalidade.

LUÍSA MAHIN (Séc. XIX)
Mãe de Luis Gama e africana radicada no Brasil, liderou as principais revoltas e levantes de escravos que sacudiram a Província da Bahia nas primeiras décadas do século XIX.

JONATAS CONCEIÇÃO (1952-2009)
Poeta e professor da UNEB, foi um dos fundadores do Movimento Negro Unificado na Bahia. Era diretor do bloco Ilê Aiyê, onde coordenava o projeto pedagógico.

TEODORO SAMPAIO (1855-1937)
Filho de escrava, foi um dos maiores pensadores brasileiros de seu tempo. Nascido na Bahia e engenheiro por profissão, escreveu obras de vasta erudição geográfica e histórica.

BIRIBA (1938-2006)
Um dos maiores ídolos da história tricolor, campeão brasileiro de 1959. Nascido no bairro de Itapuã, preferia jogar na ponta direita, mas aceitou mudar de lado para formar dupla infernal com Marito, outro expoente do Esquadrão.

CARLITO (1927-1980)
Maior artilheiro do Bahia em todos os tempos, com 253 gols em 13 anos de clube, de 1946 a 59. É também o maior goleada tricolor na história dos Ba-Vis, com 21 tentos marcados.

MANOEL QUERINO (1851-1923)
Fundador do Liceu de Artes e Ofícios da Bahia e da Escola de Belas Artes, foi pintor, escritor, abolicionista e pioneiro nos registros antropológicos e na valorização da cultura africana na Bahia.

EDISON CARNEIRO (1912-1972)
Escritor nascido em Salvador, foi também um dos maiores etnólogos brasileiros a estudar a cultura afro-brasileira. Jornalista, professor e folclorista, é autor da obra “Quilombo dos Palmares”.

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