Publicado em 02/12/2015 às 23h45.

Palmeiras vence Santos e é tri da Copa do Brasil

Alviverde vence o rival em decisão de pênaltis em noite inspirada de Fernando Prass

Agência Estado

Nem mesmo uma torcida insana como a do Palmeiras poderia escrever um roteiro melhor para uma conquista. A loucura pelo clube alviverde deveria ter sido recompensada há muito tempo, mas quis o destino que fosse dentro de sua nova casa o recomeço das vitórias. Nesta quarta-feira, no estádio Allianz Parque, em São Paulo, o palmeirense testemunhou a mudança de patamar de seu time do coração – finalmente o Campeão do Século 20 parece ter retomado seu caminho de glórias. Campeão da Copa do Brasil pela terceira vez, precisou suportar a guerra de nervos proposta pelo Santos, derrotou adversário por 2 a 1 e, mais uma vez nos pênaltis – vitória por 4 a 3 -, teve mais competência para colocar a faixa no peito.

A partida começou com uma atmosfera que beirava a insanidade do torcedor palmeirense. Ela começou elétrica e pulsante, como é para ser disputada uma final com dois gigantes em campo. Com 10 segundos, quase gol do Palmeiras. O volante Arouca tocou para Barrios, que com um desvio na bola deixou Gabriel Jesus de frente para o gol de Vanderlei. O jovem atacante dominou a bola e partiu para o gol. Seu chute, forte, encontrou os pés salvadores do goleiro santista.

Aos sete minutos, foi a vez do “quase” gol do Santos. O lateral-esquerdo Zeca passou pela marcação de João Pedro e rolou para Marquinhos Gabriel bater firme para excelente defesa de Fernando Prass. No rebote, a bola sobrou para Victor Ferraz bater forte, mas a bola explodiu na trave esquerda da meta alviverde.

A partir daí o Santos foi moldando o jogo ao seu feitio. Mesmo assim, poderia ter levado o primeiro gol aos 27 minutos, quando o meia Robinho recebeu a bola no meio e levantou na medida para Barrios desviar de cabeça – a bola subiu e iria morrer dentro do gol, mas Vanderlei, com um tapinha, mandou para escanteio. Até o final da primeira etapa, foram os visitantes quem deram o tom do jogo.

As equipes voltaram para o segundo tempo com o mesmo ímpeto, mas o jogo mudou aos 11 minutos. Inteligente, o paraguaio Barros recebeu a bola na entrada da área, fez a parede e encontrou Robinho sozinho de frente para o gol. O meia palmeirense só tocou de lado para Dudu, sozinho, apenas desviar a bola para o gol de Vanderlei. O Palmeiras saía na frente.

A briga mental prosseguiu – nenhum dos dois times se lançava ao ataque com tudo, mas o Palmeiras era mais corajoso e foi buscar o segundo gol. Aos 39 minutos, Robinho cobrou falta em jogada ensaiada. Vitor Hugo desviou de cabeça para o meio da área. A bola passou por três defensores do Santos e sobrou para Dudu empurrar para as redes.

Mas o destino prega peças que nem o mais pessimista dos torcedores pode imaginar. Enquanto a torcida do Palmeiras ainda comemorava, o Santos se lançou ao ataque para seu último suspiro e aos 41 minutos conseguiu um escanteio. Marquinhos Gabriel levantou na área, Werley desviou de calcanhar e a bola sobrou livre para Ricardo Oliveira na entrada da pequena área. Ele bateu forte e fez o gol que deu uma sobrevida ao Santos – o jogo iria para os pênaltis.

Como as grandes conquistas merecem roteiros épicos, mais essa o palmeirense precisaria suportar. Mas estava definido – se Dudu foi o herói nos 90 minutos, Fernando Prass seria nas penalidades Viu Marquinhos Gabriel escorregar e mandar por cima, defendeu o de Gustavo Henrique, viu Rafael Marques perder um e, com a raiva dos campeões, estufou as redes para dar o título ao seu clube.

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