Publicado em 14/06/2016 às 10h45.

Corregedor diz que vai analisar se Carballal quebrou decoro

O vereador Edvaldo Brito é o responsável por auxiliar na manutenção do decoro, da ordem e da disciplina e apurar qualquer fato relativo ao exercício do mandato

João Brandão

Após um tumulto entre o vereador Henrique Carballal (PV) e militantes contrários ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), na noite desta segunda-feira (13), na entrada da Câmara Municipal de Salvador, o corregedor da Mesa Diretora da Casa, Edvaldo Brito (PSD) disse que vai analisar o caso, em entrevista ao programa Uziel Tá na Área, com Evilásio Júnior, na rádio Vida FM 106,1, nesta terça-feira (14).

Ele é o responsável por auxiliar na manutenção do decoro, da ordem e da disciplina e apurar qualquer fato relativo ao exercício do mandato. “Ontem os ânimos estavam exaltados. Fui o último vereador a sair da Câmara. Os fatos precisam ser apurados. Vou esperar [o pedido de quebra de decoro parlamentar contra Carballal] e, quando chegar, se houver qualquer tipicidade da falta de decoro, vou encaminhar, como manda o regimento”, disse.

De forma genérica, Brito apresentou uma possível defesa de Carballal. “Existem duas ações: legítima defesa e legítima defesa putativa. Na legítima defesa você está reagindo a um fato que foi agredido. Já a putativa é supor que vai ser agredido e reagir”, contou.

Logo após a confusão, o edil verde foi entrevistado pelo bahia.ba e deu sua versão dos fatos, admitiu a agressão e disse que antes foi cuspido por um manifestante.

O líder do governo Joceval Rodrigues (PPS), por telefone, durante o programa, endossou o coro contra o socialista. “Registro a minha indignação com as sucessivas atitudes de Hilton Coelho. O vereador de oposição tem caráter de indicar, de fazer contraponto, de mostrar o outro lado do debate. Mas o vereador Hilton é extremamente ineficaz. Ele só vai para Câmara para criar desordem. Não faz nenhum tipo de construção que não seja esta. Não é a primeira vez que esse vereador faz isso”, disparou.

Procurado, o vereador Hilton Coelho (PSOL) não atendeu às ligações da reportagem.