Publicado em 31/05/2016 às 11h21.

Nem sim, nem não: reajuste de servidores é desconversado por Souto

Secretário da Sefaz diz que questão vai ser discutida nos próximos dias, mas que é preciso ‘muito cuidado’; prefeitura já arrecadou 34,44% da receita

Rodrigo Aguiar
Foto: Max Haack/Agecom
Foto: Max Haack/Agecom

 

Os servidores de Salvador terão que aguardar mais um pouco para saber se vão ou não conseguir algum reajuste salarial em 2016. De acordo com o secretário municipal da Fazenda (Sefaz), Paulo Souto, a questão ainda vão foi definida e uma reunião entre a categoria e a Secretaria de Gestão, nos próximos dias, deve dar uma noção do que é possível ser feito. No entanto, o titular da Sefaz ressaltou, durante apresentação do balanço do primeiro quadrimestre de 2016, realizado na manhã desta terça-feira (31), que “é preciso ter muito cuidado daqui para frente, uma vez que não há previsão de aumento na arrecadação até o final do ano”.

Apesar de ressaltar que manter o equilíbrio das contas públicas é “a regra de ouro da gestão financeira de Salvador”, Souto fez ressalvas em relação aos bons índices atingidos no primeiro semestre do ano e argumentou que “não são tão bons quanto parecem”. Nos primeiros quatro meses, houve uma receita corrente de R$ 1,861 bilhão, de um total de R$ 5,402 bilhões previstos para todo o ano na Lei Orçamentária.

Até abril, a prefeitura arrecadou 34,44% da receita corrente estimada para 2016. Para Souto, porém, o número, que seria muito bom, precisa ser contextualizado e não visto de forma seca. Segundo informou, dois fatores positivos, que não vão se repetir, influenciaram positivamente: o pagamento da cota única do IPTU no começo do ano e uma arrecadação vinda de depósitos judiciais, que é “anômala”, nas palavras do secretário.

O titular da Fazenda também chamou a atenção para os baixos valores correspondentes a empréstimos (R$ 5 milhões) do quadrimestre, que correspondem a menos de 1% dos R$ 513 milhões previstos no orçamento de 2016.

O secretário ainda destaca que a prefeitura fez um enorme esforço para gerenciar as suas despesas, no sentido de discipliná-las, uma vez que o clima de instabilidade econômica não permite a ampliação de receitas.

Novos projetos – Souto não acredita que os projetos em andamento possam ser prejudicados, mas que cuidado é a palavra de ordem, uma vez que a situação financeira do Brasil está prejudicada justamente por falta de gestão das contas públicas. “Até agora, todos os projetos que estavam em andamento já foram concluídos ou seguem a sua trajetória normal até a conclusão mas, se tratando de novos projetos, tudo tem que ser estudado de acordo com a arrecadação”, pontuou. De acordo com ele, os novos projetos previstos vão depender de uma melhoria na arrecadação, coisa que hoje ninguém pode prever.

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