Publicado em 12/07/2017 às 14h40.

Vítimas que denunciaram Almiro Sena temem demissão, diz advogada

Defesa das denunciantes comemorou o decreto de prisão contra o ex-promotor, em entrevista ao bahia.ba, mas com ressalvas

Fernanda Lima
Foto: Reprodução/Varela Notícias
Foto: Reprodução/Varela Notícias

 

A defesa das servidoras que denunciaram, em 2014, o ex-promotor Almiro Sena de assédio sexual e moral, quando ele atuava como titular da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (STJDD), comemorou o mandado de prisão preventiva emitido nesta quarta-feira (12) contra o ex-secretário.

A decisão foi expedida pelo desembargador Mario Alberto Simões Hirs, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), e publicada na edição desta quarta do Diário Oficial do Judiciário. Para Maria Cristina Carneiro Lima, advogada das supostas vítimas, a determinação “demorou”, mas “é muito importante”.

“Em virtude das ausências dele [Almiro Sena], foi protocolado um pedido de prisão preventiva, até para que ele não pudesse interferir de alguma forma no andamento do processo. O promotor ainda não foi encontrado, cogita-se que ele tenha saído de Salvador, mas não há nenhuma confirmação”, comentou a criminalista, em entrevista ao bahia.ba.

A advogada contou ainda que as três profissionais que prestaram queixa contra Almiro continuam no mercado de trabalho, apesar de terem sido exoneradas pelo STJDD após denunciarem o suposto abuso.

Apesar de “aliviadas” com o pedido da preventiva, ela declarou à reportagem que as três permanecem temerosas quanto à possibilidade de “uma nova exoneração”.

Almiro Sena foi demitido, no dia 27 de junho, devido às acusações. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) determinou à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado uma ação civil de perda de cargo, que deverá ser ajuizada no prazo de 30 dias.

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