Publicado em 25/08/2018 às 09h00.

Dias Toffoli tenta trocar auxílio por reajuste e juízes resistem

Conforme o ministro, como os juízes terão que pagar imposto de renda de 27,5% sobre o reajuste, no fim, ele custaria quase o mesmo que o privilégio

Redação
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Foto: Fellipe Sampaio/STF

 

Na reunião com o presidente Michel Temer (PMDB), o ministro Dias Toffoli, que assume o comando do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 13 de setembro, apresentou fórmula que, segundo ele, poderia quase zerar o impacto do reajuste do Judiciário nas contas públicas.

Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o aumento proposto pelo Supremo é de 16,38%, ou R$5,3 mil. O auxílio-moradia de juízes rende R$4.377 –livre de tributação. Conforme Toffoli, como os juízes terão que pagar imposto de renda de 27,5% sobre o reajuste, no fim, ele custaria quase o mesmo que o privilégio.

Ainda de acordo com a publicação, a proposta de Toffoli é, aprovada a revisão dos salários, extinguir o auxílio. Porém, entidades ligadas ao Judiciário dão mostras de que não estão dispostas a abrir mão de penduricalhos. Há apreensão em torno de julgamento que Cármen Lúcia marcou para o dia 12 de setembro, seu último no comando do STF.

O caso questiona o pagamento do auxílio-alimentação a magistrados, que varia de R$ 884 a R$ 1.925. Associações que representam a categoria tiveram audiência com Toffoli na quinta (23).

Com a celeuma, integrantes da corte acreditam que o assunto não será esgotado em apenas uma sessão. Apostam que, ainda que Cármen Lúcia tenha trazido o tema à tona, ele não será solucionado na gestão dela.

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