Publicado em 21/10/2016 às 19h20.

Indícios contra policiais legislativos são ‘gravíssimos’, diz juiz

Diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho exercia "liderança da associação criminosa", segundo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira

Redação
Oprração Metis da PF prende agentes da Polícia Legislativa acusados de atrapalhar Lava Jato Foto Jose Cruz/Agencia Brasil)
Foto: José Cruz / Agência Brasil

 

Ao autorizar a prisão de quatro agentes da Polícia do Senado, na Operação Métis, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, afirmou que são “gravíssimos” os fatos apontados contra os profissionais e defendeu as ações deflagradas nesta sexta-feira (21) pela Polícia Federal como necessárias para paralisar condutas criminosas.

Os policiais legislativos são suspeitos de prestar serviço de contrainteligência para auxiliar senadores investigados na Lava Jato e em outras operações, com varreduras, por exemplo, para identificar e eliminar escutas instaladas com autorização judicial.

“Os fatos são gravíssimos e há indícios de funcionamento da associação liderada pelo primeiro investigado, havendo fundadas razões de autoria e participação nos supracitados delitos”, escreveu Vallisney.

O “primeiro investigado” ao qual se refere o juiz é o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho. Segundo o magistrado, Carvalho “é o principal responsável pelas condutas e autor das ordens aos demais membros” e tem “domínio pleno dos fatos, [e] exerce a liderança da associação criminosa”. De acordo com o G1, as prisões valem por cinco dias.

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