Publicado em 23/05/2018 às 20h46.

Movimento pede paridade na OAB-BA

Seccional da Bahia é a que tem maior participação de mulheres

Marcus Murillo
Reprodução Facebook
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Alcançar a paridade e ter em todos os órgãos diretivos da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Bahia (OAB-BA), o mínimo de 50% de mulheres. Esse é o objetivo do evento realizado na noite desta quarta (23), na Sala da Congregação da Faculdade de Direito da UFBA. O movimento “Nós Queremos Mais” é organizado por um grupo de mulheres advogadas, envolvidas ou não com a Ordem.

“A OAB é secularmente uma instituição dominada pelos homens. As mulheres vêm galgando espaço, mas querem a paridade e também a representatividade quando se refere à raça”, destaca Renata Deiró, uma das lideranças do movimento. Ela traz também a informação de que nunca uma mulher assumiu a presidência, nem a vice-presidência da OAB nacional e hoje apenas a seccional de Alagoas é comandada por uma mulher. Lançado em 2015, o plano nacional da mulher advogada foi aprovado em 2106 pelo pleno na OAB federal, determinando um mínimo de 30% do quadro composto por mulheres. A Bahia é único estado que alcançou essa meta.

Membro da Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher, Renata Deiró reconhece os avanços alcançados pela OAB da Bahia nos últimos anos. Uma publicação postada na página do movimento no Facebook mostra os números da representatividade feminina na diretoria da Ordem nas quatro últimas gestões.

Reprodução Facebook
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O grupo, porém, pretende que o movimento eleve essa representatividade, que hoje é de 40% na diretoria e 32% na composição do conselho. “A cota foi importante, mas a gente quer ir além da cota, a gente quer representação efetiva que reflita a realidade das advogadas da Bahia, que somam 48% do total de profissionais”, afirma Renata.

Com o discurso de construção de uma advocacia igualitária, democrática e inclusiva, o grupo lançará hoje um manifesto que será entregue aos candidatos que disputarão a presidência da OAB nas eleições em novembro. Entre os dois nomes que surgem como candidatos, o advogado Gamil Föppel e o conselheiro Federal da OAB, Fabrício Oliveira, o único a se manifestar sobre o assunto foi Fabrício. O candidato do atual presidente, Luiz Viana Queiroz, considera o pleito justo. Para ele, a participação da mulher na OAB deve ser efetiva. “Na atual gestão, inclusive, as mulheres ocupam com muita naturalidade diversas posições de destaque. Tenho orgulho de fazer parte da transformação que está ocorrendo na participação da mulher dentro da OAB. Antes era muito diferente. Penso que devemos avançar ainda mais na valorização da mulher. O nosso compromisso será sempre no sentido de valorizar a participação da mulher em todos os espaços da OAB, sem qualquer limitação”, garante Fabrício.

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