Publicado em 20/11/2018 às 08h54.

MP-BA recebeu 308 denúncias de discriminação racial e religiosa em 2018

Em 2017, houve 235 ações envolvendo racismo e intolerância religiosa; órgão lançou aplicativo para atender demandas

Milena Teixeira

 

Foto: Divulgação/ MP-BA
Foto: Divulgação/ MP-BA

 

 

Os baianos estão mais atentos as situações de racismo e intolerância religiosa. Até outubro deste ano, o Ministério Público do Estado (MP-BA) recebeu 308 denúncias de discriminação racial ou religiosa, sendo 30 levadas à Justiça. A  informação é do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (GEDHDIS).

Os dados do MP-BA mostram houve um aumento no número de denúncias. De acordo com o órgão, foram registrados 63 casos em 2014; 126, em 2015; 235,  em 2016; e 273, em 2017.

O número de denúncias de discriminação religiosa contra adeptos de religiões de matriz africana no Brasil feitas pelo Disque 100, serviço de atendimento 24h do Ministério de Direitos Humanos, também aumentou 7,5% em 2018. Foram 71 denúncias do tipo feitas de janeiro a junho deste ano, ante o 66 no mesmo período de 2017.

Aplicativo para denunciar
Para atender a essas demandas, MP-BA lançou, na última segunda-feira (19), o aplicativo Mapa do Racismo e Intolerância Religiosa. A ferramenta é gratuita e o download pode ser feito em dispositivos dos sistemas Android ou iOS.

O mapa registra denúncias de discriminação racial, intolerância religiosa, injúria racial e racismo institucional. A ocorrência pode ser feita de forma anônima, para a preservação da imagem do indivíduo denunciante.

A promotora de Justiça Lívia Vaz explica que o aplicativo vai ajudar na diminuição dos casos de discriminação. “Se há incidência do crime em um município específico ou em uma localidade, por exemplo, a gente age impulsionando políticas públicas locais para que esses casos deixem de acontecer”, pontua.

Lívia alerta ser importante que os casos de racimos sejam denunciados e que a vítima não deve deixar de fazer um boletim de ocorrência. “A primeira iniciativa deve ser chamar a polícia militar e identificar testemunhas. Na delegacia, o cidadão deve ler, de fato, como foi registrado essa ocorrência”, sugere.

Por meio da plataforma, o usuário do aplicativo também poderá ter acesso fácil a notícias e outros materiais informativos sobre racismo.

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