Publicado em 17/03/2017 às 15h00.

Quem defende extinção não conhece a Justiça do Trabalho, diz ministro

Cláudio Brandão afirmou que é “irresponsabilidade” atribuir ao Judiciário aumento do desemprego e crise econômica

Redação
Foto: Divulgação/Enamat
Foto: Divulgação/Enamat

 

O ministro baiano do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Cláudio Mascarenhas Brandão criticou os defensores da extinção da Justiça do Trabalho, em abertura da sessão da 7ª Turma da Corte. Para ele, afirmar que o Judiciário é responsável pelo aumento do desemprego ou pela crise econômica é “irresponsabilidade”.

“As declarações [contra a Justiça trabalhista] quedam-se vazias de sentido e expressam uma única e inexorável verdade: quem as pronunciou, de fato, não conhece a Justiça do Trabalho. […] Dizer que a Justiça do Trabalho nem deveria existir equivale a afirmar que a extinção dos hospitais resolverá os graves problemas dos serviços de saúde do país, ou que a extinção das escolas colocará a educação do Brasil no patamar de destaque no mundo”, ressaltou.

Ainda na sua fala, o ministro condenou o fato da Justiça do Trabalho ser “sempre tratada” como o “patinho feio do Poder Judiciário brasileiro” e “de tempos em tempos […] vozes roucas e dissonantes na jovem e sofrida democracia brasileira pregarem a sua extinção ou, pior ainda, afirmarem que sequer deveria existir”.

O ministro fez questão de ressaltar que os servidores do Judiciário estão “todos eles comprometidos e sempre prontos a darem o melhor de si para o atendimento com qualidade e respeito ao cidadão”. Ele convidou, aos que desconhecem a Corte trabalhista, a visitar as varas e os tribunais para um “salutar e democrático debate” sobre o assunto.

Contrários – Em recentes declarações, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o deputado federal baiano José Carlos Aleluia, ambos do DEM, se manifestaram contra a Justiça do Trabalho.

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