Publicado em 28/12/2015 às 17h50.

Ataques com mulheres-bomba deixam 30 mortos na Nigéria

Duplo atentado desta segunda-feira teve como cenário mercado na cidade nigeriana de Madagali, estado de Adamawalo, e é atribuído ao grupo terrorista Boko Haram

Agência Brasil
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Boko Haram matou 12 mil pessoas nos últimos cinco anos, segundo autoridades nigerianas (Site: Indian Express)

Pelo menos 30 pessoas morreram nesta segunda-feira (28) na cidade nigeriana de Madagali, no estado de Adamawa, em um duplo atentado cometido por duas mulheres-bomba em um mercado local, segundo informações de voluntários civis que apoiam o Exército na luta contra o grupo terrorista Boko Haram.

O mercado em que as duas mulheres, que levavam os explosivos presos aos corpos, cometeram o atentado fica próximo de uma rodoviária e é muito frequentado.

Embora o Exército tenha confirmado a ocorrência, ainda não há confirmação sobre o número exato de mortos.

O ataque ocorreu após pelo menos 35 pessoas terem sido assassinadas entre ontem (27) e hoje em vários atentados na cidade de Maiduguri, capital do estado de Borno, e localizada, tal como Madagali, no nordeste do país, região de população muçulmana e epicentro da atividade do Boko Haram.

Êxodo – Em agosto do ano passado, a presença do Boko Haram – que pretende estabelecer um Estado islâmico independente no país mais populoso da África – em Madagali provocou um êxodo de residentes para Yola, capital do estado.

O governo nigeriano informou há dias sobre os avanços na luta contra o grupo fundamentalista islâmico, afirmando que destruiu boa parte da sua capacidade militar e recuperou territórios importantes que haviam sido tomados pelos terroristas.

O presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, que determinara o dia 31 de dezembro como prazo para exterminar o Boko Haram, declarou que o governo havia “tecnicamente” derrotado o grupo, mas os recentes atentados mostram que os militantes continuam capazes de causar uma carnificina em massa.

Segundo autoridades nigerianas, o grupo, que tem atacado objetivos considerados fáceis (mercados, rodoviárias e locais de grande concentração de civis), matou cerca de 12 mil pessoas nos últimos cinco anos, 3 mil só em 2014.

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