Publicado em 04/02/2016 às 23h20.

Bolsas dos EUA fecham em alta em dia de indicadores fracos

Na manhã desta quinta-feira os principais índices do mercado de ações acompanharam as oscilações dos preços do petróleo.

Agência Estado
Foto: Reprodução/ EBC
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A bolsa de Nova York fechou em alta nesta quinta-feira (4) com os participantes do mercado na expectativa da divulgação dos dados oficiais do nível de emprego nos EUA em janeiro, que saem na manhã desta sexta-feira, em meio à incerteza sobre se o Federal Reserve deverá voltar a apertar a política monetária neste ano.

Pela manhã, os principais índices do mercado de ações acompanharam as oscilações dos preços do petróleo.

“Não há motivo para as recentes oscilações de preço e, sem dúvida, parece que o mercado está sendo conduzido por pura emoção. É um tempo único, de muita confusão”, disse o trader Michael Antonelli, da RW Baird & Co.

Os indicadores divulgados pela manhã nos EUA saíram fracos. O número de novos pedidos de auxílio-desemprego alcançou 285 mil na semana até 30 de janeiro, com crescimento de 8 mil em relação à semana anterior, superando a expectativa dos economistas, de 278 mil.

A Challenger, Gray & Christmas informou que o número de demissões anunciadas por empresas norte-americanas alcançou 75 114 em janeiro, o maior desde julho do ano passado, com crescimento de 218% em relação a dezembro e crescimento de 42% em comparação com janeiro de 2015.

A produtividade da mão de obra caiu à taxa anualizada de 3,0% no quarto trimestre, após um crescimento de 2,1% no terceiro trimestre; economistas previam para o quarto trimestre uma redução menor, de 2,0%. A produção cresceu apenas 0,1% e o número médio de horas trabalhadas cresceu 3,3%. Em 2015, a produtividade cresceu 0,6%, nível mais baixo desde 2013. A média de crescimento anual da produtividade desde 1947 é de 2,1%, de modo que os dados de 2015 sugerem uma perspectiva fraca para o crescimento da economia norte-americana no longo prazo. O custo unitário da mão de obra cresceu à média anualizada de 4,5% no quarto trimestre, em linha com a expectativa, com elevação de 1,3% no salário médio por hora trabalhada.

As novas encomendas de bens manufaturados tiveram uma queda de 2,9% em dezembro, após um recuo de 0,7% em novembro; a expectativa era uma queda de 2,8%. Os estoques cresceram 0,2%, após uma redução de 0,3% em novembro.

A alta foi liderada pelas ações dos grandes bancos, das indústrias e das empresas do setor de materiais, que vinham acumulando quedas fortes desde o começo do ano. Quatro dos dez componentes setoriais do S&P-500 fecharam em alta: o de materiais (+2,76%), o de indústrias (+1,71%), o financeiro (+0,92%) e o de tecnologia (+0,12%); o de bens de consumo não essenciais caiu 0,92% e o de bens de consumo essenciais recuou 0,57%.

Entre as componentes do índice Dow Jones, as maiores altas foram Caterpillar (+4,25%), United Technologies (+2,51%) e Goldman Sachs (+2,50%); as ações que mais caíram foram Nike (-3,71%), Merck (-2,92%) e Pfizer (-2,26%); no setor de energia, as ações da ExxonMobil subiram 1,72% e as da Chevron avançaram 0,20%.

Entre as ações de empresas que divulgaram resultados do quarto trimestre, os destaques foram McGraw-Hill Financial (+7,71%), GoPro (-8,68%), Viacom (+2,33%), ConocoPhillips (-8,57%), Kohl’s (-18,80%) e Ralph Lauren (-22,26%). As ações das empresas dos setores de mineração e materiais tiveram altas fortes, em reação à recuperação dos preços dos metais (Freeport McMoRan +17,94%, Alcoa +10,07%).

O índice Dow Jones fechou em alta de 79,92 pontos (0,49%), em 16 416,58 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 5,32 pontos (0,12%). O S&P-500 fechou em alta de 2,92 pontos (0,15%), em 1.915,45 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires

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