Publicado em 10/01/2017 às 21h50.

Comissão indicada por Trump discute muro na fronteira no México

Republicano começa a estudar viabilidade de construir um muro na fronteira com o México para evitar a entrada de imigrantes ilegais

Fernando Valverde
Foto: Reprodução/ Twitter
Foto: Reprodução/ Twitter

 

O indicado pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para o comando do Departamento de Segurança Interna mostrou certo ceticismo nesta terça-feira sobre o impacto da promessa do republicano de construir um muro na fronteira com o México para evitar a entrada de imigrantes ilegais. O general da reserva John Kelly, que supervisionou as operações dos EUA na América Latina, compartilha a preocupação de Trump com a segurança fronteiriça. Segundo ele, porém, mesmo com um muro em toda a fronteira ainda seria necessário haver patrulhas e tecnologia.

Kelly disse que a segurança na fronteira depende da construção de parcerias mais fortes na América Latina. “Uma barreira física por si só não fará o trabalho”, disse Kelly ao Comitê de Segurança Interna do Senado durante sua audiência de confirmação Para ele, é necessário haver uma defesa em várias camadas.

O general disse ainda que aceita “com alta confiança” o relatório da inteligência norte-americana segundo o qual o governo da Rússia interveio para influir na eleição dos EUA em 2016. Trump contestou anteriormente a alegação.

Kelly é um dos poucos nomes apontados por Trump para sua equipe que recebe o apoio de democratas e republicanos. O Departamento de Segurança Interna inclui as duas principais agências com foco em imigração: Immigration and Customs Enforcement (ICE) e Customs and Border Protection.

Trump é contrário ao programa dos EUA para aceitar refugiados que fogem da guerra na Síria, dizendo que é impossível fazer uma varredura completa no histórico dos candidatos. Kelly disse que “não há garantia” nessa análise dos refugiados, mas não sugeriu que os EUA deveriam fechar suas portas. O general também foi questionado sobre a proposta de Trump na campanha de proibir temporariamente refugiados muçulmanos. “Eu não acho que nunca seja apropriado se concentrar em algo como religião como o único fator”, afirmou. Fonte: Dow Jones Newsw

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.