Publicado em 03/06/2019 às 16h46.

Cristina Kirchner falta ao terceiro dia do julgamento por corrupção

Advogados afirmaram que ela tinha compromissos parlamentares e autorização do tribunal para se ausentar

Agência Brasil
Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

 

A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner faltou nesta segunda-feira (3) ao terceiro dia do julgamento oral em que é acusada de corrupção e desvio de verba pública. Para justificar a ausência, Cristina alegou que, na condição de senadora, tinha uma reunião no Congresso argentino.

Ao serem questionados sobre a ausência da ex-presidente no julgamento, os advogados responderam que ela “tinha compromissos parlamentares e que tinha autorização do tribunal” para se ausentar.

O julgamento de Cristina Kirchner e de mais 12 acusados começou no mês passado. Ela compareceu às duas sessões anteriores, que foram apenas de leitura dos autos. Após a etapa inicial de leituras obrigatórias, começará a etapa de questões preliminares e, em seguida, se darão as declarações indagatórias, que exigem obrigatoriamente a presença dos réus.

O caso

Cristina Kirchner e 12 funcionários de seu governo são acusados de favorecer, entre 2004 e 2015, o empresário Lázaro Báez em contratos de 51 obras, o que representa 80% do total de obras públicas realizadas no período, por cerca de 46 bilhões de pesos, o que equivale a cerca de 1 bilhão de dólares. De acordo com a Justiça, muitas das obras não foram concluídas, foram superfaturadas ou não eram necessárias.

Cristina Kirchner tem 12 processos na Justiça, cinco julgamentos pendentes e seis pedidos de prisão preventiva que nunca foram levados adiante por causa do foro privilegiado que tem como senadora. Em setembro, Cristina e os filhos serão ouvidos em outro processo, por lavagem de dinheiro.

Candidatura

Cristina Kirchner é candidata nas eleições de agosto deste ano à Vice-Presidência na chapa liderada por seu ex-chefe de gabinete Alberto Fernández. Ao renunciar ao cargo de senadora para se candidatar, ela perde o foro privilegiado. No entanto, de acordo com juristas argentinos, Cristina não será presa imediatamente.

Caso seja eleita, para que seja julgada, detida e afastada do cargo de vice-presidente, ela teria que passar por um julgamento político no Congresso. Como vice, ela poderia ser citada e questionada pela polícia, mas não presa.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.