Publicado em 13/12/2017 às 18h50.

Estados dos EUA estudam usar opioides como método de execução

A droga fentanil é usada em anestesias cirúrgicas e matou milhares de usuários em 2016 por overdose

Redação
Foto: Getty Images
Foto: Getty Images

 

O analgésico sintético fentanil, usado em anestesias cirúrgicas, tem sido uma grande força por trás da epidemia de opioides nos Estados Unidos e matou milhares de americanos por overdose apenas em 2016.

Agora dois estados americanos querem usar as poderosas propriedades da droga com um novo objetivo: executar prisioneiros que estão no corredor da morte.

A decisão se deu após o início de um boicote da indústria farmacêutica à pena capital, o que resultou em uma diminuição da venda das substâncias usadas habitualmente em execuções.

Enquanto Nevada e Nebraska pressionam pelas primeiras execuções no país com a utilização de fentanil, médicos contrários à pena de morte combatem esse plano e se recusam a fornecer essas drogas para execuções. Eles advertem que o uso sem testes do fentanil poderá causar execuções dolorosas e imperfeitas.

“Há uma ironia cruel no fato de que, ao mesmo tempo em que os governos estaduais tentam descobrir como impedir que tanta gente morra por causa de opioides, agora eles queiram usá-los para deliberadamente matar alguém”, disse Austin Sarat, professor de Direito no Amherst College que estuda a pena de morte há 40 anos.

A situação levou alguns estados a recorrerem a novas combinações de drogas. O Mississipi legalizou o gás nitrogênio em abril como método de execução, mas as autoridades ainda têm de dizer se seria aplicado em uma câmara de gás ou por meio de uma máscara.

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