Publicado em 25/02/2016 às 21h40.

‘Eu serei sempre o presidente da Fifa’, diz Battler

Na véspera da eleição mais importante da Fifa, Battler deu clara indicação de que defenderia o candidato Salman bin Ebrahim al-Khalifa, alvo de protestos

Agência Estado
Joseph Blatter (FIFA) Foto: Wikimedia Commons
Joseph Blatter (FIFA) Foto: Wikimedia Commons

 

Na véspera da eleição mais importante da Fifa, o símbolo de todo o escândalo do futebol, Joseph Blatter, garantiu: “eu sempre serei o presidente”. Em entrevista ao New York Times, o suíço se negou a baixar a cabeça, mesmo depois de ter sido suspenso do futebol por seis anos por suspeitas de corrupção e de ter sido impedido de se despedir do mundo do futebol no congresso da Fifa. A eleição ocorre nesta sexta-feira (26).

A duas semanas de completar 80 anos, ele não esconde a mágoa de ter sido tratado de “gângster”. Mas garante: “Sou um homem feliz, às vezes triste, sim. Mas sou um homem feliz”. “Todos os dias é uma festa”, garantiu.

O xeque do Bahrein Salman Bin Ibrahim Al-Khalifa, presidente da Confederação Asiática de Futebol (CAF), e o suíço Gianni Infantino, secretário-geral da UEFA, são os dois grandes favoritos, com vantagem para o primeiro. O sul-africano Tokyo Sexwall, o francês Jerome Champagne e o príncipe jordaniano Ben Ali são os outros três candidatos.

Blatter evitou por meses declarar seu apoio a um dos cinco candidatos. Mas, ao jornal americano, deu clara indicação de que defenderia Salman bin Ebrahim al-Khalifa. Para ele, as denúncias sobre violações aos direitos humanos não têm credibilidade. “No país dele (o Bahrein), é muito diferente”, disse. “E os europeus, será que são tão limpos com os direitos humanos?”.

Oandidato Salman al-Khalifa, membro da família real do Bahrein e presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC), é acusado por algumas organizações não-governamentais de ter desempenhado um papel na repressão de revoltas democráticas no seu país em 2011.

Blatter também garantiu que seu afastamento de seis anos será revertido pela Corte Arbitral do Esporte, mas admitiu que a Justiça suíça, em setembro, o queria obrigar a conceder uma coletiva de imprensa, acompanhado por policiais. “Nenhum homem é um profeta em seu país”, disse. “As autoridades me trataram como se eu fosse o último gângster do mundo”.

A suspensão imposta a Blatter termina em 2022, antes da Copa do Mundo do Catar. Mas ele nega qualquer possibilidade de voltar. “Basta”, disse. “Serei sempre o presidente”, completou.

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