Publicado em 04/04/2016 às 10h20.

Grécia começa a mandar imigrantes de volta para a Turquia

A medida marca o início de um esforço da União Europeia e de Ancara para conter o fluxo de pessoas que buscam chegar ao continente europeu

Agência Estado
Foto: Reprodução/ Agência Brasil
Foto: Reprodução/ Agência Brasil

 

Centenas de imigrantes que buscavam vida nova na Europa eram nesta segunda-feira transferidos de volta para a Turquia. A medida marca o início de um esforço da União Europeia e de Ancara para conter o fluxo de pessoas que buscam chegar ao continente europeu.

Mais de 200 pessoas foram colocadas em três barcos nas ilhas gregas de Lesbos e Chios. As embarcações realizaram a breve viagem até a Turquia pelo Mar Egeu, uma faixa marítima onde centenas de refugiados já morreram ao tentar chegar à Europa.

Apesar do medo de protestos de imigrantes frustrados com as transferências, realizadas pela agência fronteiriça da União Europeia, a Frontex, não houve problemas quando os primeiros imigrantes chegaram ao porto turco de Dikili.

A maioria das chegadas na Turquia era de imigrantes do sul da Ásia e da África, não da Síria, segundo autoridades gregas e a entidade Human Rights Watch. O programa de realocação ocorre em meio à piora nas condições para os refugiados e outros imigrantes nas ilhas gregas e em campos improvisados no território grego. Centenas de pessoas continuam a chegar diariamente à Grécia em busca de asilo, ainda que os números tenham diminuído desde a assinatura do acordo entre UE e Turquia para tentar controlar o fluxo.

Pelo acordo, os países da UE se comprometem a aceitar um refugiado já avaliado diretamente do solo turco para cada refugiado sírio retornado para a Turquia. A intenção é também dissuadir os refugiados a buscar traficantes de pessoas para chegar à Europa. Para encorajar os sírios a seguir na Turquia, a UE também dará a Ancara US$ 6,8 bilhões para programas de educação e assistência social, para auxiliar mais de 2,6 milhões de sírios a se adaptarem ao país.

A UE se comprometeu a aceitar 72 mil refugiados sírios diretamente da Turquia como parte do acordo, que foi criticado por organizações humanitárias e pela Organização das Nações Unidas como uma violação à lei europeia e à convenção sobre refugiados da ONU.

O governo turco disse que os imigrantes que não forem sírios e voltarem à Turquia serão enviados de volta a seus países de origem. Fonte: Dow Jones Newswires.

 

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