Publicado em 08/12/2017 às 08h00.

Macri não influenciou pedido de prisão de Cristina, diz governo argentino

A ex-presidente, que atualmente ocupa o cargo de senadora, afirmou que é vítima de uma "perseguição"

Redação
Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

 

O chefe do Gabinete de Ministros da Argentina, Marcos Peña, afirmou que o presidente Mauricio Macri não chegou ao poder para interferir na Justiça, em resposta à ex-presidente Cristina Kirchner, que o responsabilizou pelo pedido de prisão contra ela determinado por um juiz. Cristina é acusada de dar cobertura a terroristas. As informações são da EFE.

“Está garantido o Estado de Direito, as liberdades e temos que nos acostumar a viver em um contexto onde somos todos iguais perante a lei”, declarou Peña nesta quinta-feira (7), em entrevista à imprensa em Buenos Aires.

A ex-presidente, que atualmente ocupa o cargo de senadora, disse ser vítima de uma “perseguição” e definiu como um “excesso” e uma violação ao Estado de Direito o fato de o juiz Claudio Bonadio ter determinado sua prisão preventiva por supostamente acobertar os iranianos acusados do ataque contra uma associação israelita em 1994.

“Estas medidas enfraquecem ainda mais o Judiciário argentino e revelam que o governo e o presidente Mauricio Macri são os principais e verdadeiros responsáveis pelo estabelecimento de uma organização política e judicial para perseguir a oposição”, disse Cristina em uma conferência de imprensa, na qual negou todas as acusações e considerou que elas não têm “base jurídica, nem institucional”.

Pouco depois, e em resposta às suas declarações, Peña argumentou que “as pessoas conhecem o presidente” e sabem que ele não está no cargo para interferir na Justiça, mas para “trabalhar para solucionar problemas, para ajudar o país a crescer e a fortalecer o marco institucional”.

“Que não haja impunidade para ninguém, nem sensação de injustiça para ninguém, que possamos superar essa desconfiança, quando se sente que a Justiça chega para um, e não para todos”, acrescentou Peña.

O chefe do Gabinete de Ministros também se mostrou convencido de que “é um tema que requer uma investigação muito bem-feita” e que os trâmites judiciais “requerem o devido processo de defesa e que o mesmo possa se desenvolver em normalidade dentro do sistema institucional”.

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