Publicado em 15/01/2016 às 18h20.

Maduro decreta estado de ‘emergência econômica’ na Venezuela

O decreto foi lido pelo ministro da Economia, Luis Sales, em transmissão de televisão

Redação
O anúncio foi feito horas antes de o presidente Nicolás Maduro comparecer à Assembleia Nacional para explicar sua política (Foto: EPA/Miguel Gutierrez/Agência Lusa)
O anúncio foi feito horas antes de o presidente Nicolás Maduro comparecer à Assembleia Nacional para explicar sua política (Foto: EPA/Miguel Gutierrez/Agência Lusa)

 

A Venezuela está em estado de “emergência econômica” por 60 dias, conforme decretou nesta sexta-feira (15) o presidente Nicolás Maduro, por causa da crise econômica e política que o país atravessa. A informação é do Boletim Oficial do Estado venezuelano.

O decreto, que pode ser prorrogado por mais 60 dias, será enviado à Assembleia Nacional, com maioria oposicionista, para que fazer análise e aprovação. Entretanto, a medida já entrou em vigor após sua publicação nesta sexta.

Em transmissão por televisão, mas não em cadeia nacional, Luís Sales, ministro da Economia nomeado por Nicolás Maduro após as eleições de dezembro, leu o decreto. “Considerando que a estratégia de desestabilização econômica gerou um obstáculo na execução do Plano da Pátria, o presidente decretou estado de emergência em todo o território nacional a fim de que o Executivo atenda eficazmente a situação econômica que atravessa o país e mitigue os feitos da inflação induzida, a especulação e as consequências da guerra petroleira”, disse o ministro.

O decreto cria um regime de exceção que permite ao governo adotar uma série de providências para garantir o abastecimento da população, como dispensa de licitação para compras urgentes, importação de bens mais facilmente com dispensa dos trâmites cambiais, além de entre outras medidas para assegurar os bens necessários à população.

Em cumprimento à uma exigência da Constituição venezuelana para todos os meses de janeiro, Maduro irá à Assembleia Nacional esta noite para explicar aos deputados as linhas de sua política. O presidente deverá também apresentar mais informações sobre a decisão, devendo enfrentar um parlamento hostil, dominado pela oposição, que deram seis meses para a queda do presidente.

Após as eleições de dezembro, Maduro anunciou que apresentaria um plano de emergência econômica para o país, onde os problemas cotidianos de escassez e a inflação galopante (200% ,segundo especialistas) desencadearam um descontentamento popular que beneficiou a oposição.

 

A Venezuela tem uma das maiores reservas petrolíferas do mundo, mas sua economia entrou em queda acentuada nos últimos meses devido à baixa do preço do petróleo.

 

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