Publicado em 08/11/2015 às 12h00.

Mianmar celebra democracia após 25 anos de ditadura

País do Sudeste Asiático registra primeira eleição livre, depois de um longo período sob regime militar

Reuters

As votações ocorreram sem problemas em Mianmar, sem relatos de violência afetando o clima de júbilo da primeira eleição nacional livre do país do Sudeste Asiático em 25 anos, no seu maior passo até agora em uma transição da ditadura para a democracia.

A líder do partido de oposição Aung San Suu Kyi deve obter a maior parcela de votos de um eleitorado de cerca de 30 milhões, que escolheu entre milhares de candidados ao Parlamento e para as assembleias regionais.

Porém o legado de um regime militar significa que ela não pode se tornar presidente após as eleições, mesmo se o seu partido, a Liga Nacional para a Democracia, vencer uma grande maioria de votos.

Com o início da contagem de votos em todo o país, os primeiros indícios de observadores foram de que a votação estava, de modo geral, livre de problemas e de que havia apenas relatos isolados de irregularidades.

“Das dezenas de pessoas com quem falamos desde as 6 da manhã de hoje, todo mundo sente que foi capaz de votar em quem quer quisesse com segurança e proteção”, disse Durudee Sirichanya, observadora internacional da Secretaria da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês).

Preocupações surgiram sobre a equidade da eleição, após ativistas estimarem que até 4 milhões de pessoas, principalmente cidadãos que trabalham no exterior, não foram capazes de votar.

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