Publicado em 25/04/2017 às 16h30.

Papa Francisco pode intermediar crise na Venezuela

Para que o Vaticano atue, o presidente Nicolás Maduro vai ter que assumir compromissos como o de marcar eleições diretas e libertar presos políticos, entre outros

Redação
VENEZUELA PROTEST (Foto: ZAP.aeiou)
Protestos na Venezuela já deixaram pelo menos 25 mortos (Foto: ZAP.aeiou)

 

O papa Francisco pode ser acionado para mediar o diálogo entre governo e oposição da Venezuela, como forma de pôr fim à tensão que já causou pelo menos 25 mortes no país, nas últimas semanas. Basta apenas que o presidente Nicolás Maduro aceite as condições fixadas em dezembro pelo cardeal e secretário de Estado da Santa Sé, Pietro Parolin. Entre outras sugestões, o Vaticano condiciona o envio de assistência humanitária às seguintes garantias: elaboração de calendário eleitoral, restituição das prerrogativas do Parlamento e libertação de prisioneiros políticos.

Segundo interlocutores, o chefe da Igreja Católica teria demonstrado “disposição” em mediar o diálogo entre governo e oposição, “desde que Maduro aceite os pontos apresentados” pelo Vaticano. Aliados de Maduro, entretanto, acusam o Vaticano de ser “aliado de uma oligarquia imperialista”.

As manifestações contra Maduro tiveram início no dia 4 deste mês. Além das 25 mortes confirmadas até esta terça-feira (25), dezenas de pessoas saíram feridas e centenas foram detidas pela polícia.

O clima de tensão política na Venezuela se arrasta desde 2013, quando o ex-presidente Hugo Chávez morreu, mas se agravou nos últimos meses, em função de medidas polêmicas adotadas por Maduro, tais como a retirada de imunidades parlamentares e imposições à atuação da Assembleia Nacional.

Internamente, a população enfrenta instabilidades econômicas, desabastecimento e crises sociais. Milhares de venezuelanos já tentaram cruzar a fronteira para viver em outros países, como o Brasil. Com informações da agência ANSA.

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