Publicado em 07/01/2016 às 07h31.

Paris lembra hoje um ano atentado ao Charlie Hebdo

Na ocasião, 13 pessoas foram vitimadas pela ação do grupo de terroristas

Agência Brasil
Hollande, presidente da França,  recorda vítimas do Charlie Hebdo um ano após atentado. Foto Élysée
Hollande, presidente da França, recorda vítimas do Charlie Hebdo um ano após atentado. Foto: Élysée

A capital francesa lembra nesta quinta-feira (7) o primeiro aniversário dos atentados terroristas registrados entre os dias 7 e 9 de janeiro de 2015, com a realização de várias cerimônias de homenagem às vítimas.

No dia em que se cumpre exatamente um ano após o ataque jihadista à redação do jornal satírico Charlie Hebdo, o presidente François Hollande presta homenagem às forças policiais na sede da polícia.

As homenagens começaram terça-feira com o descerramento de placas de homenagem na rua Nicolas-Appert, diante da antiga sede do Charlie Hebdo, onde, em 7 de janeiro, foram assassinadas 12 pessoas, em Montrouge, onde no dia 8 de janeiro foi assassinada uma policial municipal e na Porte de Vincennes, diante da mercearia judaica onde quatro pessoas também morreram em 9 de janeiro.

Um ano após o atentado que matou as principais figuras da caricatura francesa, o jornal escolheu para a capa um desenho do cartunista Riss, que apresenta um Deus assassino, com barba e armado de uma kalachnikov, sob o título “Um ano depois, o assassino continua solto”.

A edição de 32 páginas – em vez das habituais 16 – conta com um caderno especial de desenhos dos cartunistas assassinados há um ano Cabu, Wolinski, Charb, Tignous e Honoré, cartuons dos atuais colaboradores, assim como textos da ministra francesa da Cultura, Fleur Pellerin, das atrizes Isabelle Adjani, Charlotte Gainsbourg, Juliette Binoche e do músico Ibrahim Maalouf, entre outras personalidades.

No editorial, o diretor do jornal e desenhista sobrevivente do atentado denuncia “os fanáticos embrutecidos pelo Corão” e outros religiosos que tinham desejado a morte do jornal por “ousar rir da religião”, garantindo que “as convicções dos ateus e dos laicos fazem mover mais montanhas que a fé dos crentes”.

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