Publicado em 30/04/2018 às 15h40.

Quase metade dos mortos em ataques no Afeganistão eram jornalistas

Homens-bombas, um deles disfarçado de repórter, protagonizaram ataques em Cabul; um jornalista da BBC foi morto a tiros

Redação
Foto: Massoud Hossaini/AP
Foto: Massoud Hossaini/AP

 

Pelo menos 26 pessoas morreram durante ataques múltiplos no Afeganistão, nesta segunda-feira (30). Entre eles, dez jornalistas e quatro policiais. Dois dos ataques envolveram homens-bombas em Cabul, com 25 mortos e cerca de 49 feridos. Em ataque separado, no sudoeste do país, um repórter que trabalhava para a BBC foi morto a tiros.

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria dos ataques a bomba em Cabul, mas a morte do jornalista da BBC ainda não tem autoria identificada.

“Um homem-bomba que circulava em uma motocicleta detonou seus explosivos diante de um curso de inglês na área de Shash Darak”, afirmou o chefe de polícia de Cabul, Hashmat Stanikzai.

Pouco depois, jornalistas seguiram para o local do atentado, que foi novamente alvo de outra explosão. De acordo com uma fonte das forças de segurança, o segundo homem-bomba estava disfarçado de repórter com uma câmera na mão.

 Shah Marai, diretor do departamento de fotografia da agência da AFP em Cabul, que seguiu para o local da primeira explosão, morreu na segunda detonação. Ele deixou mulher e seis filhos – o mais novo com apenas semanas de vida.

Em um comunicado divulgado por sua agência de propaganda Amaq, o EI afirmou que o primeiro atentado atingiu a sede do serviço de inteligência e das forças de segurança afegãs e o segundo os jornalistas que seguiram para o local.

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