Publicado em 07/12/2017 às 10h40.

Submarino fez oito chamadas antes de desaparecer

Comandante Pedro Fernández relata entrada de água no sistema de ventilação, que causou um curto-circuito

Redação
Foto: Reprodução / G1
Foto: Reprodução / G1

 

O submarino argentino ARA San Juan se comunicou oito vezes com a base de operações durante a madrugada do dia 15 de novembro. Foram 55 minutos de conversa. A informação foi omitida pela Marinha argentina e revelada pela imprensa através da divulgação dos registros de companhia de telefonia por satélite.

As chamadas duraram entre 60 segundos e 13 minutos. A lista foi enviada pela Tesacom – empresa responsável pela comunicação via satélite –para a Marinha, assim que foi informado o desaparecimento da embarcação, no dia 17 de novembro.

O porta-voz da Marinha argentina, Enrique Balbi, admitiu ter conhecimento da lista, mas minimizou o fato. As conversas falam sobre o defeito que acarretou no curto-circuito e o princípio de incêndio – fumaça sem fogo.

A provável “última mensagem” foi do comandante Pedro Fernández, por escrito, que falava que havia “entrada de água do mar pelo sistema de ventilação no tanque de baterias”. Ele diz que esta foi a causa do curto-circuito e se despede: “Sem novidades pessoal manterei informado”.

Sem saber da gravidade, seus superiores ordenaram que suspendesse o rastreamento de pesca ilegal que fazia e retornasse ao porto de Mar del Plata, 400 km ao sul de Buenos Aires.

Duas horas e dez minutos após a mensagem, três sensores da Organização de Controle de Provas Nucleares (CTBTO) registraram um “evento anômalo, singular, curto, violento e não nuclear”, ou seja, uma explosão, de acordo com o El País.

Na última segunda-feira (4), o ministro da Defesa, Oscar Aguad, reconheceu pela primeira vez a morte dos tripulantes. Ele já havia suspendido as buscas de resgate. Os trabalhos agora se concentram em achar o casco do submarino, sem a esperança dos familiares de encontrarem algum dos 47 tripulantes com vida.

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