Publicado em 21/06/2019 às 21h40.

Trump é acusado de assediar sexualmente jornalista em 1995

Jornalista Elizabeth Jean Carroll diz que não denunciou antes por receio de receber ameaças de morte e ter que fugir, como ocorreu com outras mulheres na época

Redação
Foto: Doug Mills/The New York Times
Foto: Doug Mills/The New York Times

 

Ex-colunista da revista americana Elle, a jornalista Elizabeth Jean Carroll acusou nesta sexta-feira (21) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tê-la assediado sexualmente em 1995. O crime teria ocorrido em um provador de uma famosa loja de Nova York.

O caso será relatado por completo em um livro com previsão de lançamento para o próximo mês, produzido pela própria Carroll. Segundo a jornalista, ela e Trump teriam se encontrado na loja de departamentos Bergdorf Goodman, em Manhattan.

O republicano a abordou, chamando-a de “a senhora dos conselhos” e pediu ajuda para comprar um presente para uma “garota”. Carroll é conhecida no país pela coluna de conselhos que escrevia para Elle.

Quando os dois chegaram ao departamento de lingeries, Trump sugeriu que a jornalista vestisse uma das peças em exposição, recebendo como resposta uma brincadeira de Carroll, que indicou que ele é quem deveria vesti-la. Depois de chegarem à área de provadores, Trump ficou violento, a jogou contra a parede e tentou beijá-la.

Na sequência, ele teria colocado as mãos sobre a vagina de Carroll, abrindo seu zíper e colocando o pênis para fora, tentando estuprá-la. Carroll afirmou que conseguiu se desvencilhar de Trump após menos de três minutos.

E, à revista New York, já se antecipou às perguntas que sabe que terá que responder depois de denunciar o agora presidente dos EUA.

“Relatei à polícia? Não. Contei a alguém? Sim, a duas amigas íntimas. Tenho fotos ou alguma prova visual? As câmeras de segurança da Bergdorf devem ter nos captado na entrada da loja”, disse a jornalista.

E por que Carroll não o denunciou antes? “Receber ameaças de morte, deixar minha casa, ser despedida, humilhada e me unir às 15 mulheres que divulgaram histórias críveis como o homem as agarrou, incomodou, menosprezou, maltratou, assediou sexualmente e estuprou só para vê-lo negar, ameaçar e atacar nunca soou divertido”, respondeu. Com informações do Estado de S. Paulo.

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