Publicado em 05/05/2016 às 16h00.

Zika afeta os mais pobres e pode atingir África e Ásia, diz OMS

De acordo com a entidade, a proliferação de casos está ligada à falta de investimentos e o vírus sinaliza que não vai parar nas Américas

Agência Estado
Manaus
Especialistas alertam para a relação entre zika, pobreza e falta de saneamento (Foto: PE Notícias)

 

Prestes a completar um ano do surto do vírus zika no Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que são os mais pobres que mais sofrem com a doença, que a proliferação de casos está ligado à falta de investimentos e que o vírus dá todas as indicações de que não vai parar nas Américas e pode atingir África e Ásia. Para a entidade, é “improvável que o zika simplesmente desapareça”.

No dia 7 de maio de 2015, o sistema da OMS recebeu a primeira confirmação de um caso registrado em laboratório no Brasil. Aquele era o resultado de pelo menos três meses da busca por uma explicação para um fenômeno novo que havia aparecido no Nordeste brasileiro. A suspeita inicial era de dengue, mas os casos foram dados como negativos pelos exames.

Em abril daquele ano, os primeiros testes apontaram para o zika, no entanto, as dúvidas continuaram, já que a doença jamais havia atingido as Américas. Finalmente, no dia 7 de maio, testes laboratoriais confirmaram a presença do vírus.

Para os especialistas, o vírus foi trazido “quase com certeza” da Polinésia Francesa, já que os exames apontam para o fato de que o identificado no Brasil é idêntico ao do Pacífico. Uma possibilidade é de que tenha chegado ao país em agosto de 2014, num campeonato mundial de canoagem, no Rio de Janeiro. O evento contou com quatro nações do Pacífico, entre elas a Polinésia Francesa.

No final de 2014, exames retrospectivos apontaram que a doença já estava presente no país. “Uma vez estabelecido no Brasil, a proliferação do zika foi explosiva dentro do país e na América Latina”, constatou a OMS. “Em um ano, o vírus estava em praticamente todos os países infestados pelo mosquito do Aedes aegypti”.

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