Publicado em 21/11/2017 às 11h40.

Ex-prefeito, presidente da Câmara, vereadores e empresário são presos

Eles estão envolvidos em uma organização criminosa instalada na prefeitura da cidade do norte baiano durante a gestão passada

Redação
Foto: Reprodução / Youtube
Foto: Reprodução / Youtube

 

O Ministério Público estadual (MP-BA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da 2ª Promotoria de Justiça de Remanso (BA), deflagrou na manhã desta terça-feira (21) a operação “Carro Fantasma”, que prendeu o ex-prefeito de Remanso, Celso Silva e Souza (PT); o seu irmão e ex-secretário de Administração e Finanças, Arismar Silva e Souza; seis vereadores, inclusive o presidente da Câmara Municipal, Cândido Francelino de Almeida (DEM); além de ex-legisladores, servidores públicos e um empresário.

De acordo com os promotores de Justiça, os acusados estão envolvidos em uma organização criminosa instalada na administração municipal durante a gestão passada e são suspeitos de operacionalizar um esquema de corrupção generalizada, por meio de fraude em processos licitatórios para locação de veículos nas secretarias do Município. Durante a ação, foram cumpridos 12 mandados de prisão preventiva, seis de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão. Também foram apreendidos documentos, celulares, computadores e veículos de luxo.

A operação “Carro Fantasma” tem como objetivo reprimir delitos praticados contra a administração pública, a partir de licitações e contratos realizados nos anos de 2013 e 2016. A investigação aponta que, durante o período apurado, os integrantes do grupo desviaram cerca de R$ 13 milhões por intermédio da empresa JMC Construtora, Comércio e Serviços Ltda, que tem como sócio-administrador o empresário José Mário da Conceição, o Mazinho, também alvo de prisão preventiva.

Segundo os promotores, o dinheiro público foi utilizado para custear gastos particulares, dívidas de campanha e compra de apoio político. Eles registram ainda que muitos dos veículos sublocados pela JMC estavam em nome de “laranjas” e beneficiavam vereadores e outros políticos.

A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Investigação (CSI), Centro de Apoio Operacional às Promotorias Criminais (Caocrim), Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção à Moralidade Administrativa (Caopam), da Promotoria de Justiça Regional de Juazeiro, promotores de Justiça dos estados da Bahia, Piauí e Pernambuco, polícias Rodoviária Federal, Civil e Militar, que auxiliaram no cumprimento dos mandados nas cidades de Remanso e Araci, na Bahia, São Raimundo Nonato, no Piauí, e Petrolina, em Pernambuco.

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