Publicado em 12/07/2018 às 20h00.

Polícia prende suspeitos de matar líder regional do MST

Entre os acusados de matar o militante Fábio Santos estão um fazendeiro, um vaqueiro e um comerciante; polícia afirma que a defesa da reforma agrária foi a motivação

Redação
Foto: Divulgação/MST
Foto: Divulgação/MST

 

Por meio da operação “Vaso Salomão”, deflagrada nas cidades de Vitória da Conquista e Nova Canaã, a Polícia Civil prendeu nessa quarta-feira (11) quatro suspeitos de assassinar o líder regional do Movimento Sem Terra (MST), Fábio Santos.

Realizada por equipes do Grupo Especial de Mediação e Acompanhamento de Conflitos Agrários e Urbanos (Gemacau) e dos departamentos de Polícia do Interior (Depin) e de Inteligência Policial, a operação tinha como objetivo o cumprimento de seis mandados de prisão e 22 de busca e apreensão em diferentes localidades das cidades.

Revólveres, espingardas, um rifle e munições foram apreendidos com Délcio Nunes Santos, Arenaldo Novais da Silva, o “Dena”, Márcio Fabiano da Cunha Borges e Neuton Muniz da Silva, que foram presos. Os quatros estão envolvidos no assassinato de Fábio Santos, que ocorreu em 2013.

Com as prisões preventivas decretadas, os criminosos localizados foram encaminhados para o Conjunto Penal de Vitória da Conquista.

Welder Leonardo Gusmão Amaral e Ricardo Neves de Oliveira, que também eram alvos da operação por estarem envolvidos na morte do militante, continuam sendo procurados pela polícia.

Segundo informações da Polícia Civil, os suspeitos mataram Fábio Santos por causa da atuação dele em defesa da reforma agrária na região. Em 2013, ocorreram outras 34 mortes devido ao conflitos agrários.

Caso – Fábio dos Santos Silva estava dentro de um carro, junto com a mulher e a filha, quando foi abordado por, pelo menos, um homem a bordo de uma motocicleta, que efetuou os disparos.

De acordo com uma testemunha, a vítima foi atingida com cerca de 15 tiros por todo o corpo. Os disparos não atingiram a mulher e a criança.

À época do crime, de acordo com o G1, o MST informou que o dirigente já havia sido ameaçado antes da morte. Ainda de acordo com o MST, Fábio era professor, e já tinha sido candidato a vereador pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

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