Publicado em 12/03/2018 às 11h05.

No jogo das janelas abertas, tudo fechado

Entenda o que tem a ver a janela partidária com a movimentação de ACM Neto para ser candidato a governador da Bahia

Levi Vasconcelos

 

Empossado na semana que se finda como presidente nacional do DEM, ACM Neto joga a cartada final na tentativa de acumular forças para encarar 2018.

Ele, que já não conta com o MDB, para não botar no colo o efeito das malas de R$ 51 milhões de Geddel, aposta no amigo Rodrigo Maia (RJ), presidente da Câmara, para aproveitar as janelas abertas partidárias abertas (que permite todo mundo mudar de partido) e tentar arrombar as portas até agora fechadas da base de Rui Costa.

Os alvos são dois, o PP do vice-governador João Leão e o PR. No caso do PP, conta a relação muito próxima do presidente nacional do partido, o senador Ciro Nogueira, do Piauí, e Rodrigo Maia. Na Bahia, o partido, que tem quatro deputados federais, deve perder Ronaldo Carletto e Roberto Brito, ambos para o PR.

Acordo no Piauí

O partido minguaria para dois, mas com o compromisso do time de Neto de colocar outros três, um deles, Elmar Nascimento, hoje no DEM.

Elmar aposta numa decisão de Ciro Nogueira segundo a qual ninguém do PP pode fazer alianças estaduais sem a anuência do diretório nacional. De concreto, nada. Roberto Brito diz que está todo mundo conversando com todo mundo, o PR também. E João Leão diz que Ciro Nogueira, no Piauí, vai tentar a reeleição ao lado governador Wellington Dias, que é do PT.

— A janela está aberta, mas a porta está fechada.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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