Publicado em 24/04/2019 às 10h36.

22 anos depois, políticos constatam que a privatização da Coelba foi ruim

'A maior parte dos lucros a empresa não usa para investimentos. E os pequenos sofrem'

Levi Vasconcelos

coelba

 

Quase 22 anos depois de privatizada (31 de julho de 1997) a Coelba virou um consenso entre políticos: a experiência não tem sido boa. O que se diz: nas pequenas cidades e comunidades mais carentes e distantes, muitas sofrem com a falta de serviços básicos.

Numa reunião da Comissão Mista da Câmara dos Deputados que debate a MP do Marco Regulatório do Saneamento Básico, o deputado Otto Alencar Filho (PSD), ao condenar a privatização de água e esgoto para os pequenos, disparou:

— Sou contra a privatização, principalmente nas pequenas comunidades. Na Bahia temos a experiência da privatização da Coelba e o resultado não é bom. A maior parte dos lucros a empresa não usa para investimentos. E os pequenos sofrem.

Governo também

Na Comissão de Infraestrutura da Assembleia ontem, bastante concorrida com a presença do deputado Marcus Cavalcanti (Infraestrutura), ao criticarem a Coelba o deputado Antonio Henrique atirou:

— Estive em Camamu e lá o dono de uma fazenda de criação de camarão ganhou na Justiça o direito de fazer ligação clandestina.

E o próprio secretário Marcus Cavalcanti carimbou:

— É um grande desgaste. Nós próprios temos dificuldades de falar com eles, até eu, secretário. Um dia eles precisaram da gente. E eu perguntei: por acaso essa empresa tem presidente, tem diretor? Não parece.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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