Publicado em 12/06/2016 às 07h40.

Ministros defendem extinção da Empresa Brasileira de Comunicação

Vista como "emblema do aparelhamento do PT", a EBC controla duas emissoras de TV, sete rádios e três portais na internet

Redação
A extinção da EBC é defendida pelos ministros Geddel Vieira Lima e Moreira Franco (Foto:ABI)
A extinção da EBC é defendida pelos ministros Geddel Vieira Lima e Moreira Franco (Foto:ABI)

 

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) está com os dias contados, conforme o colunista Jorge Bastos Moreno, do jornal O Globo. Ele sua coluna, ele informa que o presidente interino Michel Temer está decidido a extinguir a empresa.

Criada em 2007 para fortalecer o sistema público de comunicação, a EBC é gestora da TV Brasil, TV Brasil Internacional, Agência Brasil, Radioagência Nacional e do sistema público de Rádio, composto por oito emissoras, entre elas as rádios MEC AM e MEC FM.

A extinção da empresa é dada praticamente certa e contaria com o aval dos ministros Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, e Moreira Franco, da Secretaria-Executiva do Programa de Parcerias de Investimentos.

Tida como um dos principais focos de disputa entre o atual governo e a presidente afastada Dilma Rousseff, a empresa vive uma situação de duplo comando desde a semana passada, quando o Supremo Tribunal Federal determinou a volta do jornalista Ricardo Melo à direção. Ele havia sido nomeado para um mandato de quatro anos por Dilma, uma semana antes do afastamento da presidente.

A decisão judicial reintegra Melo ao quadro diretivo, mas não revoga a nomeação do também jornalista Laerte Rímoli, assinada por Temer, que recebeu a empresa com déficit de R$ 94,8 milhões e dívidas de R$ 20 milhões.

Ao defender a proposta de extinção da empresa, Geddel Vieira Lima afirma que a EBC é “emblema do aparelhamento do PT no governo e que só gera desperdício de dinheiro”.

Moreira Franco, por sua vez, diz que não faz sentido manter uma estatal com programação parecida com a das empresas privadas, como ocorre hoje. Ele informou que foi encomendado ao Ministério do Planejamento um estudo de viabilidade da empresa.

Ao assumir a direção da EBC, o jornalista Laerte Rímoli iniciou um levantamento no quadro de funcionários e identificou 11 gerentes de si próprios e 30 coordenadores sem subordinados.

O jornalista cortou duas das oito diretorias e reduziu de 42% para 33% o porcentual de cargos ocupados por servidores de fora do quadro da EBC – a recomendação é de que o índice não passe de 30%. Também foram suspensos contratos de quase R$ 3 milhões anuais. A empresa tem hoje mais de 2,6 mil funcionários. (Com informações dos jornais O Globo e Estado de São Paulo)

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