Publicado em 28/05/2018 às 15h56.

A históra de Edypan, o menino que virou prefeito de Ibipitanga

A história de um baiano de sucesso

Levi Vasconcelos

Uma pausa nas intrigas e futricas para contarmos uma história da política bastante interessante.

Edilson Santos Souza, ou Edy, era um jovem menino de 18 anos em 1991 quando, como tantos, arrumou as malas e deixou a sua pequena e pobre Ibipitanga, cidade do centro-sul da Bahia. Lá, começou como ajudante de serviços pesados, foi indo, indo, abriu uma padaria com a expertise que levou da terra, virou o dono da Fábrica de Pães, uma indústria da panificação que fornece hoje por dia de 100 mil a 110 mil pães em São Paulo.

O menino que saiu de Ibipitanga, Edy ficou rico literalmente dando graças ao pão, e se rebatizou como Edypan. Hoje tem 45 anos.

—Eu devo tudo ao pão.

Mas no tempo que lá passou nunca esqueceu a terra. Tinha uma fazenda em Macaúbas, município vizinho. Sempre ia lá de quatro em quase meses, no mínimo, e reunia os amigos em concorridos almoços, ao custo de um quilo de alimento não perecível por convidado, que depois ele transformava em cestas básicas e distribuía para os pobres. Fazia por fazer, mas rendeu popularidade e a insistência para ele se candidatar em 2016. Ganhou.

Edypan está fazendo lá um hospital municipal ao custo de R$ 1,5 milhão. Dizem que para tocar a obra, ele botou, dinheiro do bolso. Ele cala. Nem confirma e nem desmente. Mas admite que as dificuldades que os prefeitos passam no momento são bastante desanimadoras. Os negócio dele os irmãos tocam. E afinal Edypan gostou de ser prefeito?

— Se for como está, eu não quero mais não. Está muito ruim.