Publicado em 27/08/2018 às 13h28.

A justiça passa a olhar candidatos evangélicos

O TSE começou a discutir e está em vias de adotar a chamada Lei do Abuso Religioso

Levi Vasconcelos

Os evangélicos candidatos, que nestes tempos de dinheiro curto têm a vantagem de ter um fiel eleitorado de fiéis, que liguem suas antenas: o TSE começou a discutir e está em vias de adotar a chamada Lei do Abuso Religioso, que vem a ser, traduzindo para o juridiquês, o mesmo que abuso do poder econômico.

A questão começou a ser judicializada em 2014, em Minas Gerais, quando o deputado estadual Márcio José Oliveira, o Missionário Márcio (PR), da Igreja Mundial do Poder de Deus, perdeu o mandato no TRE mineiro acusado de abuso do poder religioso: num evento da igreja dele, distribuiu santinhos e propaganda.

Em 2016 a justiça triscou no assunto, deixou de lado, mas os advogados do ramo dizem que agora, uma decisão do TSE firmando jurisprudência em cima do caso de Minas Gerais são favas contadas, como fala o advogado Ademir Ismerim:

— Até porque o abuso do poder religioso é tecnicamente questionável mesmo.

Púlpitos e palanques

Dizem os políticos que com pastores transformando púlpitos em palanque a concorrência é muito desleal. No rastro da questão, está o crescente avanço da bancada evangélica, agregada na Frente Parlamentar Evangélica: cresceu 61% da década passada para cá, hoje com 90 deputados federais. Em suma, na medida em que eles crescem, também surgem regras para tentar frear.

Pérolas da campanha nas redes sociais. O site Informe Baiano publicou que o PSC poderia reavaliar a candidatura de Irmão Lázaro ao Senado por conta de problemas entre coligações.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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