Publicado em 20/05/2019 às 10h55.

A questão das barragens de ponta a ponta no país

Brumadinho, a exceção

Levi Vasconcelos

Desde que os portugueses aqui chegaram se faz barragens. Dizem que o começo foi na área em que hoje é Recife. Mas em Salvador, o Dique do Tororó é uma, o Parque de Pituaçu é outra, o Parque de São Bartolomeu é outra (Barragem do Cobre).

Em suma, no Brasil, segundo a Agência Nacional de Águas, tem 24 mil barragens cadastradas, 780 delas de rejeitos, como a de Brumadinho, que se rompeu em janeiro do ano passado matando 444 pessoas.

Brumadinho, a exceção

E perigos como o de Brumadinho estarão em pauta no XXXIII Seminário Nacional de Grandes Barragens que começa segunda, no Fiesta, em Salvador?

— O encontro não é para discutir Brumadinho, é para falar de barragens de modo geral. Brumadinho pode surgir, mas não é esse o foco.

Quem fala aí é Carlos Henrique Medeiros, presidente do Comitê Brasileiro de Barragens (CBDB). Ele ressalta, todavia, dois fatos:

1 — Imagens como aquela de Brumadinho se rompendo são raríssimas. Mesmo em outros registros de rompimento, não é assim.

2 — O acidente manda aviso, nunca é imprevisto.

Seja como for, o encontro de Salvador, apesar de ser nacional, ganha um tic de internacional. Nele estarão o norte-americano Michael Rogers, presidente do Comitê Internacional de Barragens, e os presidentes dos comitês nacionais dos EUA, China e Espanha. O Brasil ficou importante. Por que será?

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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