Publicado em 11/10/2018 às 11h37.

ACM Neto com Bolsonaro é novidade zero. Até por falta de outro caminho?

Até como forma de reduzir o tamanho do estrago eleitoral, já que o tucano Geraldo Alckmin emperrou em baixa e lá ficou

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“Elimine o impossível, e o que restar, por mais improvável que pareça, deve ser verdade”

Arthur Conan Doyle, escritor inglês criador do Sherlock Holmes (1854-1930).

Foto: Felipe Iruatã/bahia.ba
Foto: Felipe Iruatã/bahia.ba

 

ACM Neto teria dois caminhos no segundo turno presidencial, cruzar os braços ou bolsonarizar. Que teria a ganhar depois que Zé Ronaldo, o candidato por ele apoiado, ter sofrido uma derrota de 75,50% a 22,26, nada menos que 3,5 milhões de votos de vantagem?

Nada. Simplesmente não há condições de escolher e sim engolir o que se tem. E essa foi a opção adotada, até por pressão de aliados, que preferiam o apoio a Bolsonaro bem antes, até como forma de reduzir o tamanho do estrago eleitoral, já que o tucano Geraldo Alckmin emperrou em baixa e lá ficou.

Suspiro

A vitória de Rui Costa puxou o petista Fernando Haddad para um triunfo também retumbante, 60,28% contra 23,41%, de Bolsonaro, algo em torno de 2,7 milhões a mais.

Do ponto de vista de Bolsonaro, óbvio que a oposição não pretende superar isso, mas minimizar a pancada e tornar-se a referência presidencial na Bahia em caso de vitória, já que, na outra banda, está Rui e o PT.

Segundo o cientista político Paulo Fábio, Bolsonaro tende a levar uma vantagem adicional. No Nordeste, onde Haddad obteve as suas únicas vitórias no país, o que garantiu vaga no segundo turno, o fato dos governadores que apoiam o petista terem vencido no primeiro turno, ajuda Bolsonaro na medida em que não haverá palanque estadual. Para ACM Neto e cia, a esta altura tudo é lucro. Ou melhor, a única chance de ainda suspirar.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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