Publicado em 29/08/2016 às 15h23.

Aécio aponta responsabilidade de Dilma na crise

O embate entre os dois foi o mais esperado na sessão do Senado nesta segunda-feira (29)

Redação
Foto: André Dusek/ Estadão Conteúdo
Foto: André Dusek/ Estadão Conteúdo

 

A sessão da defesa da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) no plenário do Senado foi retomada na tarde desta segunda-feira (29) pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, com a pergunta do senador Aécio Neves (PSDB-MG), a mais esperada da sessão.

“Não poderia imaginar que depois do debate nos encontraríamos no Senado Federal nesta posição”, afirmou o tucano, antes de dizer que não agia com “alegria”. Aécio destacou trechos do discurso inicial de Dilma. “Não é desonra alguma perder eleições, sobretudo quando se defende ideias e se cumpre a lei. Eu não diria o mesmo quando se vence as eleições faltando com a verdade e cometendo ilegalidades”, completou.

Depois, o parlamentar perguntou: “Em que dimensão vossa excelência e seu governo se sentem sinceramente responsáveis por essa recessão, pelos 12 milhões de desempregados no Brasil, por 60 milhões de brasileiros com suas contas atrasadas e uma perda média de 5% da renda dos trabalhadores brasileiros?”.

Dilma começou a reposta com o argumento de que “jamais imaginaria”, após os debates eleitorais em 2014, voltar a encontrar o senador em tal situação. A petista afirmou que Aécio a acusou “sistematicamente” após o pleito e mencionou tentativas de impugnar seu mandato, como recontagem das urnas eletrônicas e dos gastos com a campanha eleitoral.

“Eu quero deixar claro, senador, que eu respeito o voto direto neste país. Acho que o voto direto é uma grande conquista nossa. Por isso, respeito todos que concorreram comigo. Agora não respeito a eleição indireta, que é produto de processo de impeachment sem crime de responsabilidade”, disse.

“Eu tenho a certeza que uniu-se duas forças diferentes, uma que queria impedir que a sangria continuasse, com uma força que queria impedir que nós saíssemos da crise”, completou.

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